Em entrevista exclusiva ao site Morro da Fumaça Notícias, o engenheiro químico Rogério Sorato, diretor da Morro da Fumaça Saneamento, fez um resumo dos primeiros dias da nova gestão da água e saneamento na cidade. Desde o dia 17 de abril a empresa Atlantis Saneamento assumiu o abastecimento em contrato emergencial.

Segundo Sorato, são vários problemas encontrados, principalmente, relacionados a vazamentos pela antiguidade das redes. “A estrutura deixada é precária. O sistema é antigo e precisa de investimentos, já que isso notavelmente não vinha sendo feito. Recebemos bombas vazando, equipamentos enferrujados, as duas estações de tratamento com problema”, lamenta o diretor.

Uma das principais dificuldades está no Distrito de Estação Cocal. No Bairro Floresta, os moradores continuam reclamando da falta de água nas torneiras. “Faz anos que a população reclama da falta de água. Em uma semana não vamos conseguir arrumar o que a Casan levou anos para fazer e não investiu. Muitos trechos das redes de distribuição são finas, subdimensionadas, ou seja, a cidade cresceu e não ocorreram melhorias. Como a cidade vai crescer sem abastecimento de água? Precisamos investir e pensar no futuro”, coloca Sorato.

Nesta primeira etapa a equipe de trabalho realizou vistorias, fez o levantamento dos equipamentos, conheceu as redes e registrou reclamações. “Solicitamos a Atlantis que desse prioridade aos vazamentos, e estamos mantendo esse contato direto. Mas vamos precisar modernizar, trocar equipamentos, investir no tratamento, e em produtos químicos mais sofisticados para melhorar a qualidade da água”, pontua.

O diretor do Morro da Fumaça Saneamento, departamento recém-criado pela administração, pede que a população compreenda a situação neste primeiro momento e adianta que em seis meses a realidade vai começar a mudar. “Com o dinheiro da arrecadação ficando no município vamos conseguir fazer essas melhorias necessárias e urgentes. Vai mudar muita coisa nos próximos meses”, afirma.

Gabriela Recco