GABRIELA RECCO
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 94% dos sintomas do Coronavírus/Covid-19 em crianças são leves e 25% não têm sintomatologia. Mas que as crianças e as grávidas sempre vão ser um grupo para priorizar em uma pandemia, embora neste caso os dados mostrem que os adultos e os idosos são mais vulneráveis.
O Coronavírus/Covid-19 fez até o momento apenas um adolescente vítima fatal num universo de 730 crianças e adolescentes infectados. Esse é o único caso documentado e publicado sobre a pandemia. A Pediatra de Criciúma, Cristina Bussolo Pereira explica que as crianças pegam e, principalmente, transmitem o vírus.
“A forma de transmissão é a mesma do adulto. Através de gotículas de quando a pessoa tosse ou espirra, gotículas de saliva e secreção nasal. Complicações mais graves em crianças não foram observadas até o momento, com apenas um óbito registrado”, explica.
Mesmo assim, ela explica que a diferença observada nos estudos é que o vírus não tem predileção pelas crianças, mas elas podem ser portadoras assintomáticas (na maioria das vezes) ou ter apenas sintomas leves como tosse e febre que também são típicos de um resfriado comum.
“Os cuidados são de isolamento social, principalmente, entre familiares idosos, uma vez que é quase impossível um avô ou avó não abraçar e beijar seu neto. Os pais têm que manter o isolamento social assim como os adultos, para tentar achatar a curva de crescimento da pandemia”, coloca a pediatra.
“A orientação é que se mantenha o calendário vacinal em dia, principalmente, a vacina da gripe, porque vamos ter uma troca de estação com aumento do número de resfriados e suas complicações”, finaliza Cristina.