MARCIANO BORTOLIN / PMMF
A pouca chuva registrada nos últimos meses levou Morro da Fumaça a decretar situação de alerta no sistema de abastecimento de água. A estiagem tem ocasionado a diminuição dos níveis de água nos reservatórios do município.
Entre as medidas previstas no Decreto 84/2020 proíbe a utilização de água fornecida pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) para abastecimento e substituição de água de piscinas, para lavagem de veículos em geral, utilização de lava jatos de uso doméstico, bem como lavagem de calçadas, telhados, e similares, por 30 dias ou até que se reestabeleça a normalidade de abastecimento de água. “Estamos preocupados com a situação da estiagem que afeta não só Morro da Fumaça, mas várias cidades da região. Este decreto nos ajuda a traças novas estratégias para garantir o abastecimento”, diz o prefeito, Noi Coral.
Ação conjunta
O Samae, a Defesa Civil e a Secretaria do Sistema de Infraestrutura têm trabalhado constantemente nos últimos meses para evitar que os fumacenses fiquem sem água. “Como os rios que abastecem a Estação de Tratamento de Água (ETA) estão muito secos, o trabalho do Samae é intenso para garantir que não falte água. Não está sobrando, então precisamos tomar medidas. Como proibir o uso de água tratada para lavar carros calçadas, irrigação”, entre outros”, comenta o coordenador municipal da Defesa Civil, Natan de Souza.
O decreto prevê, entre outras coisas, a disponibilização de veículos da frota municipal como caminhões-pipa para uso prioritário no transporte de água para tratamento e abastecimento para localidades e propriedades rurais. “Os órgãos municipais envolvidos têm feito um grande trabalho há meses, sempre com planejamento e ações. Um exemplo é o Samae que já trabalhava constantemente antes desta estiagem, sempre monitorando e buscando novas fontes de água para garantir o abastecimento da cidade”, fala o vice-prefeito, Eduardo Sartor Guollo.
Advertências e multas
Souza lembra ainda que o decreto adverte à população sobre o uso racional e controlado de água tratada durante o período em que perdurar a situação de alerta. Durante este período o uso supérfluo ou o desperdício de água ocasionará notificação e advertência formal e no caso de reincidência, aplicação de multa dez vezes do valor da tarifa mínima relativa à categoria do imóvel. “Estamos seguindo o modelo do decreto de Cocal do Sul que é das cidades da região que mais está sofrendo com a estiagem”, completa.
O diretor-presidente do Samae, Rogério Sorato, diz que o órgão, em parceria com a Defesa Civil municipal vem monitorando diversos pontos desde dezembro do ano passado para captar água na busca por amenizar os problemas ocasionados pela estiagem. “Fizemos licitações de tubos e outros materiais para realizar a coleta e agora é o momento de colocar estas ações em prática para evitar o racionamento de água. Esta chuva do último sábado foi pouca e o nível dos rios continua baixo”, destaca.