GABRIELA RECCO
A fumacense Simoni Cesca mora em Garda, na região de Verona, acompanha atenta tudo que acontece na Itália com a pandemia do Coronavírus/Covid-19. Com mais de seis mil mortos e 50 mil infectados, os italianos estão em alerta total. “A Itália foi infeliz, porque não sabia o comportamento do Coronavírus fora da China. O governo mesmo disse era só uma gripe, que não precisava pânico. O número de mortos no primeiro dia foi cinco, e chegamos a ter 800 vítimas fatais num único dia”, explica.
Ela comenta que as restrições foram apertando conforme a pandemia foi se alastrando. No início, todos continuavam saindo, e isso foi contaminando outras pessoas. Hoje estamos em isolamento, poucas empresas estão funcionando, e aos domingos tudo é fechado, inclusive supermercados”, coloca.
Simoni conta que na cidade dela, de aproximadamente quatro mil pessoas, apenas três foram infectadas. “Um teve problema de saúde e foi para o hospital, e lá foi contaminado. Outros dois pegaram o Coronavírus de outras pessoas. Depois do isolamento determinado pelo governo local, ninguém mais foi infectado. Estou em casa desde o dia 9 de março, e por essas medidas o vírus não se expandiu”, acrescenta.
“Aqui não tem máscara para todos, e o “sindaco” (prefeito nas cidades italianas), anunciou que está distribuindo uma por família. A partir daí, apenas essa pessoa pode sair de casa para fazer as voltas, como ir ao mercado e farmácia. A gente tem consciência que se sair pode pegar”, pontua.
Da sua casa, ela também acompanha o avanço do Coronavírus/Covid-19 no Brasil. “O isolamento social é essencial. O vírus é muito rápido. Se eu estiver contaminada, e tocar, falar, enfim, posso contaminar outras pessoas. E só vou saber realmente o resultado positivo de sete a 15 dias. Por isso é fundamental o isolamento”, finaliza.