O mês de outubro, mês conhecido como Outubro Rosa, é um movimento que surgiu nos anos 90 na primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA). Ganhou âmbito mundial tendo a cor rosa associada à luta e cura do Câncer. Em Morro da Fumaça, durante todo o mês diversas ações municipais e particulares chamaram a atenção da sociedade para refletir sobre o assunto, principalmente para a prevenção da doença.
O Morro da Fumaça Notícias relata a história de quem passou pela dor, mas buscou em Deus a força para vencer.
Em 1989, aos 38 anos de idade a fumacense Maria Hilta Goulart Maccari conta como foi receber a notícia que mudaria a sua vida depois de ser diagnosticada com a doença. Casada, com dois filhos pequenos, precisou ser forte. “No momento que descobri, fiquei sem chão. Mas, quando iniciei o tratamento, vi tantas outras pessoas na mesma situação e eu tinha muita fé. Eu sentia que Deus estava sempre presente me fortalecendo. A cada dia me sentia mais forte para vencer essa batalha”, relembra.
A descoberta aconteceu depois de um autoexame e com o resultado da biópsia em mãos, ela contou para a família. “Senti algo diferente e foi aí que descobri que estava com câncer na minha mama esquerda. Minha família sentiu muito e foi nesse momento que decidi que tinha que ser forte não apenas por mim, mas também por eles”, conta.
Depois de 23 anos, em 2011, em um exame de rotina, Hilta foi novamente diagnosticada com um outro tumor na mesma mama. “Esse foi mais agressivo e evasivo que o primeiro. Desta vez fui submetida a retirada da mama esquerda, passando por 16 sessões de quimioterapia”.
No início dos tratamentos os efeitos colaterais deixaram bastante debilitada. “Fiquei bastante preocupada, mas depois tudo aconteceu dentro da normalidade. Meu tratamento foi todo feito em Florianópolis, tanto no primeiro câncer como no segundo”.
Enfrentar e vencer a doença foi sinônimo de muita luta e fé, destaca a aposentada que enfrentou a doença se mostrando uma mulher guerreira. “Foram momentos de bastante luta, mas sempre confiando em Deus e acreditando que a cura era possível. A coragem para enfrentar os problemas e a fé me transformou numa pessoa muito forte e confiante”, afirma.
Hoje, bastante ativa, ela participa de trabalhos voluntários em entidades no município, curte a família e comemora a vitória da doença. “O que foi mais importante para alcançar essa vitória foi em primeiro lugar a minha fé em Deus, depois a minha família que é a base de tudo. Para conseguir vencer temos que nos manter perseverante no nosso objetivo que é alcançar a graça de ficar curada”.
“Não havia espaço para dúvidas ou medo, só muita fé de que ficaria bem. Essa é a mensagem que eu deixo para as pessoas que estejam enfrentando essa doença: tenham fé. Claro que também é muito importante destacar a necessidade de realizar os exames preventivos, seja ele o autoexame ou a mamografia. Caso apareça alguma coisa procurar o tratamento porque é fundamental. Mas, não desistam nunca, tenham fé e esperança sempre”, finaliza.
Angela Barbara Pereira e Gabriela Recco