Por Gabriela Recco / Fotos: divulgação
Você é feliz? Para você o que é felicidade? O que lhe deixa feliz? A partir dessas perguntas feitas aos alunos do 4º ano do Colégio Interação, durante a aula de Filosofia, a professora Daiani Piva resolveu sair da sala de aula e promover uma atividade diferenciada com seus alunos.
Na tarde desta quarta-feira (20), eles caminharam até o centro de Morro da Fumaça distribuindo abraços. “A ideia surgiu com a data de hoje que é comemorada o Dia Internacional da Felicidade. Os alunos compartilharam felicidade por meio de abraços”, explica a professora.
O Dia Internacional da Felicidade foi criada pela ONU (Organização das Nações Unidas), em junho de 2012. Tem o objetivo de promover a felicidade e alegria entre os povos do mundo, evitando os conflitos e guerras sociais.
“Preparamos os alunos, conversamos com eles porque não sabíamos o que poderia acontecer. As pessoas poderiam recusar o abraço. E para nossa surpresa e alegria, todos que abordamos aceitaram o nosso gesto carinhoso. Elas ficavam espantadas porque nessa correria do dia a dia, muitas vezes nem um “oi”, “bom dia”, “boa tarde” são ditos”, destaca Daiani.
Muitas pessoas não sabiam que era o Dia da Felicidade e adoraram a atenção recebida pelos estudantes. “As crianças ficaram tão felizes quanto. Eles não tiveram preconceito, discriminação. Se era mais velha ou mais nova. Todos foram abraçados com muito amor e carinho”, relata.
A aposentada Lidia Savaris Zanatta, que estava a caminho da missa, foi uma das pessoas abraçada. “Foi uma surpresa o abraço e me emocionei muito. Eu sabia da data porque li no jornal, mas confesso que não esperava pelo gesto das crianças. Estão de parabéns pela ação”.
Segundo a professora, um fato que marcou bastante o grupo de estudantes foi o encontro com um senhor que confessou que há muito tempo não recebia um abraço. “Um gesto tão simples e que faz tanta diferença. E os alunos compreenderam que não é o dinheiro, a beleza, que precisamos para ser felizes, e sim, são gestos como desta tarde. E que não precisa ser somente nesta data, podemos compartilhar diariamente”, completa.
Em quase 20 anos lecionando, Daiani confessa que nunca passou por uma atividade parecida. “A gente se programa tanto, prepara tanto, mas na verdade a grande escola é a vida. É muito importante também a gente tirar os nossos alunos da sala de aula e trazê-los para rua pois, nos últimos dias a gente liga a televisão e só vê coisas tristes e violentas. Talvez isso não justifique, mas às vezes algumas pessoas dessas não tiveram uma oportunidade de estudar ou de ganhar um abraço”, finaliza.