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Especial Dia da Mulher: Mãe e profissional dedicada

Especial Dia da Mulher: Mãe e profissional dedicada

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado amanhã, 8 de março, o Morro da Fumaça Notícias apresenta uma série de entrevistas de mulheres que fazem parte do cotidiano da cidade. De segmentos de trabalho diferentes, elas contam suas conquistas e desafios na sociedade.

 

Por Angela Barbara Pereira / Foto: Gabriela Recco

A empresária Eva Maria Pereira Maciel, é uma dessas. Nascida em 26 de outubro de 1953 em Morro Grande, Sangão, e desde cedo aprendeu que era necessário trabalhar para ajudar a manter a família numerosa. “Meu pai tinha uma olaria e na época começávamos a trabalhar cedo, sabíamos da necessidade de ajudar a família”.

Aos 20 anos, casou com Leopoldo Maciel Filho, mais conhecido como Bolinha (in memorian), e decidiram iniciar a vida de casados na cidade grande, e por dez anos residiram em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Foi lá que nasceram os dois filhos do casal, Robson e Jonas. “Meu esposo trabalhava com confecção. Tivemos os meninos e durante anos foi tudo muito tranquilo. Mas depois o mercado da moda passou por uma recessão e o Leopoldo perdeu o emprego. Foram dias de preocupação e de busca por um caminho para a nossa família”, conta Eva.

Foi da necessidade que surgiu a ideia de trabalhar com o ramo de restaurante. “Pensamos muito e decidimos abrir um restaurante. Eram tempo difíceis e surgiu a oportunidade de voltarmos para Santa Catarina e viemos morar em Morro da Fumaça. Aqui demos início aos trabalhos na lanchonete e mais tarde transformamos em restaurante”, relembra a empresária.

Conciliar os trabalhos do restaurante com os serviços da casa e os filhos não era tarefa fácil, mas Eva conseguiu realizar com sucesso. “Nunca tive problema em enfrentar o trabalho pesado. Então apesar de ser bem corrido para dar conta de tudo, eu consegui. Algumas vezes me perguntava se estava dando atenção suficiente para os meus filhos”, questionava.

“Mas sempre pensava de que quando eles crescessem e se tornassem pais eles entenderiam, pois, o nosso objetivo era proporcionar uma vida melhor aos nossos filhos. Hoje eles são pais, acredito que entendam as nossas ações. Tenho duas netas lindas que são os meus tesouros, a Ana Elise e a Antônia. Elas alegram os nossos dias”.

O tempo passou, os negócios deram certo, os filhos cresceram, se formaram e casaram. No entanto, em 11 de fevereiro de 2018 a família sofre uma grande perda. “Estávamos bem, decidimos trabalhar menos e com planos de viajar. No entanto, infelizmente perdi o meu esposo e, os filhos, o pai. Ficamos sem chão. Foram dias de muita tristeza, mas a gente precisava tocar a vida e nos unimos ainda mais, dando força uns para os outros. Foi assim que demos continuidade as nossas vidas”, rememora.

Os negócios atualmente têm a administração dos filhos com o apoio da mãe. Trabalhar é uma necessidade para Eva. “Às vezes até penso que poderia ficar em casa, mas tenho certeza que no dia seguinte já estaria voltando ao trabalho. Enquanto tiver saúde quero estar sendo uma pessoa produtiva”, coloca.

Para Eva, o dia 08 de março é só para reforçar o quanto as mulheres são fortes e capazes. “A mulher pode ocupar qualquer lugar na sociedade. Temos que ter os mesmos direitos e oportunidades que os homens e acredito que isso vem acontecendo. Tem um ditado que diz que atrás de um grande homem sempre tem uma grande mulher. Eu sempre discordei, pois acredito que as mulheres estão ao lado ou muitas vezes liderando. Nós somos capazes”, comemora.

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