Política

ELEIÇÃO 2020: entrevista com Dr. Juninho de Costa

ELEIÇÃO 2020: entrevista com Dr. Juninho de Costa

Moacyr Luiz de Costa Jr, nasceu em Criciúma, mas sempre morou em Morro da Fumaça. Saiu do município, por alguns anos, para estudar medicina na Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), pós-graduação em cardiologia no Instituto de Pós-Graduação Médica do Rio de Janeiro e especialização na Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Ele também tem outros estudos nesta área e técnicas específicas em ecocardiografia. É médico há 26 anos e tem 18 anos de trabalho no SUS, atendendo em mais de 12 hospitais e também em postos de saúde. Atualmente, além de um consultório próprio, mantém o atendimento no SUS, em algumas unidades de saúde, e também é Diretor Clínico e Médico (há 16 anos) no SESI-Criciúma. Em 2020, está agora entre os nomes para a eleição municipal pela coligação Mais Morro da Fumaça.

O que te motiva a ser candidato?

 Poder contribuir para uma melhoria de vida das pessoas. Já ajudei muita gente sendo médico, tenho certeza que entrando na política poderei usar todos os meus conhecimentos na medicina e na gestão de pessoas para transformar os índices de saúde, de educação e de desenvolvimento de Morro da Fumaça. Vivencio diariamente o drama de pessoas que esperam por um atendimento mais humano, que buscam o direito de falar e de ouvir, que lutam por uma solução para o seu problema.  Enquanto médico, nunca tomei uma decisão sem ouvir o paciente, acredito que o gestor deve ter o mesmo princípio. Escutar, diagnosticar e então tomar as ações necessárias pensando no bem coletivo.

1. Como você se define atualmente quanto candidato e cidadão?

Como cidadão e como um profissional na área da saúde, sinto que é meu dever lutar pelas pessoas. Como sempre fiz. Não é uma decisão fácil deixar a minha vida em família, mudar minha rotina desta forma. Mas acredito que temos o dever de usar o nosso melhor para o bem das pessoas. Por isso, resolvi que este era o momento de buscar um novo rumo, de trazer tudo que aprendi, na profissão e principalmente com meu pai e minha mãe, seu Moacyr e dona Zoraide, para tentar mudar uma realidade que não é aquela que sonhei para o lugar que amo e vivo. Nós podemos ir muito além.

2. Como avalia o momento político nacional, estadual e municipal?

Vejo evolução no Brasil. Confesso que me incomodavam as frequentes manchetes de corrupção, assim como também me incomodam alguns discursos extremistas. No Estado, acompanho apreensivo a questão do impeachment, mas acho que será inevitável, muito por que o Governador deixou de dialogar com lideranças políticas e comunitárias. Em Morro da Fumaça vejo que falta diálogo entre os poderes, principalmente por parte do executivo. Temos que saber que ambos são independentes e têm função muito importante na sociedade democrática. Os vereadores são responsáveis pela fiscalização, mas também aprovam o que é bom para a população.

3. Qual o conceito de cidade você idealiza para Morro da Fumaça?

Uma cidade onde não haja filas na saúde, onde as pessoas não precisem ficar esperando por meses e até anos para realizar um exame. Onde a pessoa seja atendida por um clínico geral e um especialista com rapidez. Que cheguem na farmácia pública e encontrem o seu medicamento. O meu conceito de cidade ideal é onde as pessoas têm cuidados de saúde na hora em que precisam, os índices educacionais são muito bons, em que o servidor público é valorizado, o trabalhador tenha oportunidades de trabalho e renda e a economia vá bem, beneficiando a toda comunidade.

4. Como você observa Morro da Fumaça atualmente e como enxerga daqui a quatro anos?

Vejo em Morro da Fumaça evolução em pavimentação, porém com pouco planejamento. Os empréstimos para a compra de lajota e asfalto deixam uma dívida para os próximos prefeitos. Ao meu ver estes recursos poderiam vir com bons projetos. Içara por exemplo acabou de conseguir R$ 9,7 milhões para asfaltamento em verba estadual com contrapartida municipal e não precisará ficar pagando a conta por anos. Nos próximos quatro anos não haverá empréstimo. Os problemas terão que ser encarados de frente. Saúde não pode acumular filas. Educação é para hoje. Ouvir o servidor público e dar credibilidade ao trabalhador, valorizar a nossa gente. Desta forma, vejo possibilidade de evolução para os próximos quatro anos, inclusive com mais pavimentações.

5. Qual o estilo de gestão você considera adequado para Morro da Fumaça?

Considero adequado um estilo de gestão para as pessoas. Nem técnico e nem político, ou se ouve as pessoas e suas reais necessidades, ou o gestor chega com as suas ideias prontas, faz da forma que acha melhor e não atinge os reais problemas do cidadão. Gestão pública não pode ser algo da minha cabeça, tem que haver construção coletiva. Aí sim você começa a usar técnica e vai em busca do que é necessário. Os maiores recursos estão em Brasília, alguns no Estado, um gestor tem que saber onde levar os seus projetos e vir com as garantias para o município. Na minha opinião uma gestão tem que ter como prioridade o diálogo.

6. Quais os cinco principais valores você pretende levar consigo na campanha?

Diálogo: principalmente ouvir as pessoas e mostrar para elas que é possível dar uma respostas para o seu problema; Respeito : Considero que respeitar as pessoas e as ideias contrárias é fundamental num processo democrático; Honestidade: deixar claro que não estou fazendo para mim, tudo que estou disposto a fazer é para melhorar a vida das pessoas; Obediência às Lei: respeitar às leis é um dever de todo cidadão; Esperança: eu acredito num futuro muito melhor para o fumacense, e tenho esperança que os dias melhores vão chegar. Não podemos nos contentar com o básico.

7. Neste momento, qual a mensagem você gostaria de deixar aos eleitores?

Gostaria de pedir o seu voto no 15. Nos próximos 45 dias intensificarei as visitas, da forma como a pandemia me permitir. Caso eu não consiga chegar a todos, peço que me acompanhem nas redes sociais e me conhecem um pouco mais. Quero mostrar ao fumacense que tudo que aprendi na minha profissão e na vida pessoal, com família e amigos, pode ser usado para melhorar a vida de todos. Eu gosto de ouvir as pessoas, então não tenha receio de falar do seu problema, ele é importante para mim e tenho certeza que poderemos encontrar a solução para a sua situação. Esse projeto não é meu, nem do Toninho Patricio, candidato a vice ao meu lado. Esse projeto é de todos nós e para todas as pessoas. Pois, o nosso lado é o lado das pessoas!

As perguntas que compõem a entrevista realizada pelo Morro da Fumaça Notícias foram encaminhadas a todos os pré-candidatos. As respostas ficaram limitadas a aproximadamente 700 caracteres, a publicação ocorreu no mesmo horário, além disso, a imagem vinculada também foi uma escolha de cada participante.

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