ASSESSORIA UNESC
Data deve ser marcada pela gratidão, pelo reconhecimento e cuidado em tempos de pandemia.
O Dia das Mães de 2021 envolve um clima diferente. Em período de pandemia e um ambiente no qual famílias inteiras enfrentam desafios sem precedentes em decorrência da Covid-19, a celebração com as matriarcas será ainda mais significativa para aqueles que tiverem a oportunidade de abraçar pessoalmente, ou, a distância, demonstrar gratidão e amor para quem lhes deu o dom da vida. Mesmo em momentos de desafios inimagináveis, o amor entre mães e filhos fala mais alto e a data, muito mais que em apelo comercial, representa a oportunidade de agradecer e celebrar.
Na Unesc, instituição na qual a maioria das colaboradoras e acadêmicas são mulheres, o que não falta são exemplos de mães. Das mais diferentes idades, estudantes e professoras de todas as áreas do conhecimento, pesquisadoras, colaboradoras e, todas, vencedoras em busca dos seus ideais.
Entre tantas histórias inspiradoras guardadas na memória de cada uma que passa pelos corredores do campus, está a trajetória da colaboradora Margarete Hilário, de 55 anos, do setor de Apoio Logístico da Universidade. Ela exerce papel fundamental dentro da Instituição e, literalmente, trabalha enquanto quase todos descansam. A jornada inicia às 21h30 e segue até as 6h30 do dia seguinte. É no campus que, todos os dias, ela vê o sol nascer para um novo dia.
A missão que encara na limpeza e desinfecção de espaços da Universidade ao longo da madrugada é fácil diante daquilo que já enfrentou enquanto mãe. Divorciada há 21 anos, Marga, como é carinhosamente conhecida, encarou desafios para prover o sustento das meninas, que hoje, mulheres, são suas grandes amigas. Cristina, Vanessa, Gabriela e Sabrina, 33, 24, 22 e 21 anos, respectivamente, conforme a mãe, são as razões da sua vida, agora somadas aos netos Sofia e Davi, de quatro e sete anos.
Desafios diário para a criação das pequenas
Os anos trabalhando como empregada doméstica e cuidando sozinha das filhas, recorda Margarete, não foram fáceis. “Foi bem difícil, mas todo mundo que quer e corre atrás, consegue. Eu vivi para elas e consegui”, garante.
A vida de trabalho ao longo da madrugada, para Marga, é motivo de orgulho. Há 11 anos atuando na Unesc, a colaboradora é exemplo de dedicação ao que faz, comprometimento e responsabilidade que todos os dias ensina, na prática, para a família. “Eu acredito que sirva como exemplo positivo para filhas e netos. Eu nunca deixei de trabalhar para dar o melhor para elas e hoje nós nos ajudamos. Atuo no período noturno para durante o dia cuidar da neta. É uma escolha que faço também em nome deles”, acrescenta.
Quem pensa que chegar quase na hora em que a maioria dos colegas e dos estudantes está fazendo o caminho inverso, indo para a casa, é motivo de desânimo, não conhece Margarete e sua gargalhada que enche os corredores. Amiga de todos, ela entra no campus e vai espalhando seu bom humor com quem encontra. “Temos que viver cada dia e deixar as preocupações com o futuro para quando chegar a hora. Deus vai nos ajudando, as coisas vão acontecendo e se desdobrando da melhor forma, sempre. Eu amo estar no trabalho e por isso não reclamo”, diz.
Neste domingo a comemoração será ainda mais feliz já que, mais uma vez, ela poderá receber o carinho das filhas, três que já saíram de casa e uma com a qual compartilha a rotina diária, ao lado da neta, todas com saúde. “Não importa o quanto cresçam ou onde estejam, elas sempre serão minhas crianças por quem tenho preocupação e cuidado. A vida de mãe não é fácil, mas com o passar do tempo as coisas mais difíceis vão se apagando e o que sobre são as coisas boas e aquilo que hoje podemos compartilhar com os netos”, acrescenta.
Orgulho e inspiração na garra das matriarcas
Essa e tantas outras histórias que se entrelaçam com a história da Unesc, para a pró-reitora Acadêmica da Universidade, Indianara Reynaud Toreti, são motivo de orgulho e inspiração. “Nós temos a honra de fazer parte da vida de tantas pessoas que trazem lições como essa, que só podemos agradecer e recebê-las sempre com afeto. Assim como a função de cientista, de gestora, de professora, a missão de mãe impõe inúmeros desafios e exige superação diária dessas mulheres”, aponta.
Para comemorar, conforme Indianara, nada melhor que agradecer, cultivar e emanar bons sentimentos. “Precisamos celebrar essa data como ela merece, mas sempre com o cuidado que o momento exige e trazendo na lembrança as tantas famílias que não podem fazer o mesmo. Desejamos, o quão breve possível, que todos nós possamos estar mais próximos e dando os abraços que ficaram pra depois”, finaliza.