Conversei com o presidente da Fundação do Meio Ambiente de Morro da Fumaça, Natan Felipe de Souza, para entender um pouco mais sobre as responsabilidades de quem provoca uma queimada, como a coluna relatou ontem.

Ele explicou que o Plano Diretor e o Código de Posturas estabelecem alguns critérios para convívio harmonioso. “Colocar fogo dentro da área urbana do município é proibido. Tanto em vegetação, no caso dos lotes, como em resíduos. É crime ambiental danificar a vegetação, e colocar em risco a vida de pessoas e animais, além do patrimônio”, adverte o presidente da Fumaf.

Segundo ele, a dificuldade nestas ocorrências é a identificação dos responsáveis, mas pede a ajuda da população para fazerem denúncias. “Se identificado, o proprietário do terreno pode responder administrativamente, levar multa e ser processado criminalmente. Além do que acaba gerando uma demanda para o Corpo de Bombeiros, que poderia estar atendendo uma ocorrência mais importante”, descata.

Ele reconhece que o número de queimadas é grande atualmente, e explica que a temperatura fria do ar acaba dificultando a dispersão da fumaça e fuligem na atmosfera, deixando tudo mais próximo do solo. “Que as pessoas tenham consciência em não colocar em risco a saúde. O tempo seco, geralmente a queimada perde o controle. Isso atrapalha muito a vida das pessoas que tem dificuldades de respiração. Além de crime ambiental é um crime contra a saúde pública”, finaliza.