MARCIANO BORTOLIN / PMMF
Médico alerta para o crescimento dos casos de coronavírus na região e a consequente ocupação de leitos de UTI.
Naturalmente, no inverno os cuidados com as doenças respiratórias devem ser redobrados. Neste ano, com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), as ações para evitá-las devem ser ainda maiores. Tosse, peito com chiado, falta de ar, nariz entupido e coriza são alguns dos sintomas que acontecem frequentemente neste período.
Para pacientes com doenças respiratórias crônicas, a mudança climática pode acarretar em agravamento dos sintomas, levando à necessidade de ocupar um leito de hospital. O médico da Rede Municipal de Saúde de Morro da Fumaça, Kelvin Schmoeller Alberton, alerta para os cuidados. “Com o frio tem a exacerbação de doenças respiratórias como a asma, por exemplo, e a gente tem maior circulação de alguns tipos de vírus que causam resfriado que é transmitido é pelo ar. Como o frio faz as pessoas ficarem aglomeradas em locais fechados para escapar do frio, isso é um grande perigo para fazer a transmissão de pessoa a pessoa, pois ficam próximas tossindo, espirrando. O mais importante neste período de frio é manter o distanciamento mesmo nestes locais fechados, evitar sair de casa o máximo que puder e continuar utilizando máscaras, até pela situação que a Covid-19 está em nossa região, com a grande ocupação de leitos de UTI”, enfatiza Alberton.
O médico lembra ainda da preocupação com o crescimento dos casos de coronavírus na região. Em Morro da Fumaça, até esta quarta-feira, eram 96 casos, sendo que 67 estão curados e 27 em tratamento. O município registra ainda dois óbitos em decorrência da Covid-19. “Há uma preocupação com os números disparando e a única forma de evitar o desenvolvimento de uma quadro grave é o isolamento e o uso dos equipamentos de proteção individual. A gente ainda carece de informações sobre a forma de transmissão do coronavírus. Ao que parece, esta forma de transmissão é mais comparado com uma gripe, de pessoa a pessoa por meio de secreções contaminadas”, cita.
O médico também comenta sobre uma das perguntas mais frequentes que ouve no consultório. “Os pacientes sempre perguntam se um assintomático transmite, não temos esta resposta ainda. Existe o risco de transmissão sim, o isolamento social é para todos. Não temos como diferenciar quem está infectado e quem não está a não ser pelo teste”, finaliza.