Acic e sindicatos empresariais se reuniram com o Ministério Público do Trabalho de Criciúma.
Dentro das ações para a retomada do crescimento econômico da região, a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) e os sindicatos empresariais se reuniram na tarde de quinta-feira, 05, com o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Bruno Martins Mano Teixeira. A intenção da classe empresarial é unir formas com diversas entidades para que um movimento em prol da região tome força.
“Estamos trabalhando no nosso planejamento estratégico o desenvolvimento econômico da região e queremos reunir toda a sociedade, por isso, precisamos buscar o envolvimento de todos em prol do crescimento da região”, reforça o vice-presidente da Acic, Valcir Zanette.
O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), Márcio Cabral, ressalta a importância da participação de todas as entidades nesse processo. “Empresários e trabalhadores dão sustentação ao desenvolvimento socioeconômico, entretanto a região passa por um momento de queda acentuada nos índices de crescimento. Para revertermos essa situação precisamos de todas as entidades, trabalhadores, dos poderes, de toda a sociedade. Esta é a razão para nossa visita ao Ministério Público, precisamos estar juntos”.
“Quando eu cheguei em Criciúma éramos a terceira economia do Estado e nos últimos anos temos perdido gradativamente nossa participação no movimento econômico. Temos que trabalhar juntos e mostrar nosso diferencial em produtividade, em educação, fortalecendo as entidades e revertermos a atual conjuntura”, acrescenta o empresário Emir Luiz Bressan.
O diretor executivo do Sindicato das Indústrias Cerâmicas de Criciúma e Região (Sindiceram), Luiz Alexandre Zugno, observa a queda acentuada no número de trabalhadores do segmento, que passou nos últimos anos de 10 mil para 1,5 mil empregados. “Algo muito grave está acontecendo não só com o setor cerâmico, mas na economia como um todo, e pela primeira vez estamos buscando aproximação para pensarmos da mesma forma”, pontua.
“Viemos discutindo muito na Acic a união entre a classe empresarial e a necessidade de aproximação com as demais entidades da sociedade civil organizada. Estamos perdendo espaço, as empresas estão querendo sair da nossa cidade e novos investimentos também não estão surgindo. Quando não temos um setor industrial forte o crescimento declina”, coloca o diretor da Acic, Caio Binotti.
O procurador do MPT de Criciúma, Bruno Martins Mano Teixeira, parabenizou os empresários pela iniciativa. “Os procedimentos existentes no MPT visam a permanência da atividade empresarial, priorizando sempre o diálogo, a linha do consenso, e estamos sempre de portas abertas. Parabenizo o setor produtivo por esta iniciativa”, destaca Teixeira.