O delegado da Polícia Federal, Rafael Antônio Broietti, concedeu entrevista coletiva há pouco na sede da entidade, em Criciúma, detalhando as ações da Operação República Velha, desencadeada na manhã desta sexta-feira (24). Ela é destinada a apurar delitos eleitorais de falsa prestação de contas à Justiça Eleitoral (“Caixa 2”), corrupção eleitoral e formação de quadrilha, que teriam sido cometidos no decorrer da campanha eleitoral de 2014.
“Cumprimos 11 mandados de busca e apreensão, nenhum de prisão. Os agentes estiveram em órgãos públicos de Morro da Fumaça, Criciúma, Içara e Florianópolis. Esse candidato, que hoje ocupa outro cargo público, utilizou cerca de R$ 560 mil não declarados à Justiça Eleitoral através de seus coordenadores de campanha”, explica.
Segundo o delegado, muitos materiais foram levados nas casas desses coordenadores e nos locais de trabalho. “Não vamos divulgar nomes, pois é uma investigação sigilosa. Apreendemos vários equipamentos como HD’s, notebook’s, celulares, documentos da contabilidade, planilhas e agendas. A investigação começou em janeiro deste ano, e hoje recolhemos vasto material”, coloca o delegado.
A operação contou com a participação de 44 policiais federais, que cumpriram mandatos expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Santa Catarina. “Ainda não há previsão para concluir a investigação. Vamos apurar esses materiais recolhidos hoje e fazer os encaminhamentos”, finalizou Broietti.