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No Dia do Carteiro, uma história de amor pela profissão

No Dia do Carteiro, uma história de amor pela profissão

Você se lembra da última vez que mandou uma carta? Talvez não! E hoje em dia com a correria e urgência das informações, cada vez mais esse costume vai sendo esquecido.

Funcionário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) há sete anos, Wagner Boff, 48 anos, conhece cada canto de Morro da Fumaça. Todos os dias ele se desloca de Criciúma, onde mora com a esposa e os dois filhos, para se dedicar a entrega de correspondências na cidade.

Neste 25 de janeiro, Dia Nacional do Carteiro, ele conta um pouco da sua história e diz que escolheu essa profissão pelo prazer de conviver com a sociedade. “Mesmo tendo a garantia de emprego por ser funcionário concursado de um órgão público, acho que é um trabalho de respeito. Sou feliz sendo carteiro. Apesar do cansaço é gratificante”, coloca Boff.

Boff divide o trabalho com mais três colegas de profissão na agência dos Correios de Morro da Fumaça. “Tentamos agilizar sempre o serviço para as entregas não atrasarem. Mas a quantidade de serviço é grande e o tempo se torna pouco. A gente quer agradar todo mundo e não consegue às vezes”, lamenta.

Trabalho diário

O trabalho do carteiro inicia com a chegada da van trazendo as mercadorias. “Separamos por região, que chamamos de distritos. Englobamos os bairros de Morro da Fumaça em quatro distritos. Cada carteiro é responsável por um deles. Depois de separado por bairros, vamos por ruas e depois a entrega casa a casa. Tudo isso leva um tempo”, explica.

O carteiro é responsável pela entrega de objetos postais como cartas, telegramas, malotes, contas e encomendas expressas. Boff conta que a média de entrega de encomendas registradas é em torno de 130 a 140, enquanto o de cartas pode chegar a mil. “As únicas cartas escritas que hoje em dia entrego são de presidiários. Eu já mandei muitas cartas e cartão postal, hoje não envio mais”, lembra o dono do uniforme azul e amarelo.

Dificuldades atrapalham

A numeração incorreta das casas, o tamanho e a disposição das caixinhas dos correios são dois obstáculos para o carteiro. “Alguns moradores colocam caixa pequena e às vezes não cabe nem a revista. Tenho que dar várias dobras para caber. Muitas casas colocam em local de difícil acesso, atrás de grade, por exemplo. Por esse motivo já levei mordida de cachorros”, pontua.

“As pessoas reclamam, mas se derem condições melhores para colocarmos as correspondências vamos ser mais rápidos nas entregas. Trabalhamos com o tempo”, diz.

Entregas inesquecíveis

Em suas entregas diárias, Boff conta que a entrega especial é quando chega com brinquedos para crianças. “Quando eu chego às crianças ficam pulando, ficam felizes e isso me emociona. Mas também já teve momento que cheguei para entregar e a pessoa estava chorando e me abraçou. Outras que já tive que acalmar”, recorda.

Durante este tempo, muitas amizades foram feitas e as pessoas já reconhecem o carteiro e a importância da sua profissão. “No final do ano uma senhora trouxe um presente para mim como agradecimento por uma carta que eu havia entregue  e que mudou a vida dela”, finaliza Boff.

Jornalista Gabriela Recco

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