MARCIANO BORTOLIN / PMMF – FOTO CAPA: WILLIANS BIEHL
Mais de oito mil pessoas e cinco mil residências foram atingidas pela catástrofe natural.
A noite do dia 24 de maio de 2019 ficou marcada na história de Morro da Fumaça. Naquela ocasião, a chuva começava a cair forte na cidade e logo passou a fazer estragos tanto na área central como no interior. Ao final, mais de oito mil pessoas desalojadas e cinco mil residências atingidas. Diante da catástrofe natural os fumacenses mostraram mais uma vez a sua força e poder de superação.
Desde o início da chuva, a Defesa Civil, aliada a outros órgãos, departamentos municipais e voluntários, atuaram para atender os desabrigados e desalojados. “Este foi provavelmente o pior desastre relacionado à enchente na história recente de Morro da Fumaça, atingindo a área central e comunidades rurais”, ressalta o coordenador municipal da Defesa Civil, Natan de Souza.
Diversas famílias foram alojadas no salão paroquial da Igreja Matriz São Roque, no salão da Capela Santa Catarina, no distrito de Estação Cocal e na Igreja Quadrangular, sendo realocados posteriormente para o Centro Múltiplo Uso, do bairro Esperança.
Além dos bairros, o Centro da cidade foi bastante afetado com a água invadindo a maioria das lojas e inclusive a prefeitura e a Câmara de Vereadores. Conforme Souza, pelo menos 300 imóveis foram tomados pela água no Centro. No bairro Naspolini este número chegou a 700. A força das águas também causaram estragos em ruas e pontes.
Limpeza e reconstrução
O dia após o temporal foi de limpeza. No Centro, caixas de papelão e móveis foram colocados em frente aos estabelecimentos comerciais, para facilitar o processo de limpeza e avaliação dos danos ocorridos no interior das lojas. Algumas residências do município tiveram os muros danificados e o mobiliário atingido pela água. A lama invadiu ruas e calçadas, que também tiveram pontos destruídos.
A equipe da Vigilância em Saúde realizou um trabalho pós-enchente junto às famílias prejudicadas. Além disso, maquinários da prefeitura auxiliaram no processo de recuperação dos trechos mais críticos. Devido a todos os estragos, o Município decretou situação de emergência. “Foram dias difíceis, mas que foram superados pela força de vontade de todo o povo fumacenses, que mais uma vez mostrou a sua solidariedade. E é isso que será lembrado para sempre”, enfatiza o vice-prefeito, Eduardo Sartor Guollo.
Um dia depois, no sábado, o prefeito Noi Coral, acompanhado do chefe da Defesa Civil de Santa Catarina, João Batista Cordeiro Júnior e do Secretário de Articulação Nacional, Diego Goulart, fez sobrevoo de helicóptero para verificar os estragos. “Vimos todo o estrago que aquela chuva ocasionou e contamos com o trabalho de toda a equipe e voluntários no restabelecimento da normalidade. Um empenho que não parou por lá, mas que seguiu e continua focando na melhoria da resposta diante de situações como essa”, diz o prefeito.