GABRIELA RECCO
O Hospital de Caridade São Roque de Morro da Fumaça está passando por problemas sérios na estrutura física. São rachaduras nas paredes, nos pisos e nas tubulações sanitárias, principalmente na Ala Psiquiátrica.
De acordo com o presidente da entidade, Arcângelo Sartor Vieira, os problemas estão sendo causados por duas árvores da espécie seringueiras que ficam em frente ao hospital. “Após inúmeras tentativas para solucionar o problema sem a remoção das espécies, a única alternativa encontrada foi à supressão das mesmas. Há mais de dez anos a estrutura do hospital vem sendo prejudicada com a invasão drástica das raízes destas plantas”, explica.
O presidente já solicitou o pedido de Autorização Ambiental para a supressão dessas árvores e o plantio de duas novas espécies nativas na Fundação Municipal do Meio Ambiente/Fumaf. “Somos responsáveis pelas nossas ações e sabemos que podemos sofrer críticas por isso, mais em nenhum momento estamos fazendo isso por capricho ou por vaidade. Nosso hospital vai perder um pouco do seu charme, mais é um mal necessário que se retire essas seringueiras”, pontua.
“Ficus” elástica conhecida popularmente como a falsa-seringueira, que é uma árvore perenifólia, decorativa, nativa da Ásia Tropical e é utilizada como ornamental em diversas regiões do mundo. “Essas árvores foram plantadas a aproximadamente 50 anos neste local. Fizemos um estudo buscando todas as possíveis alternativas antes de pensar na supressão, mas, infelizmente, o corte será necessário devido aos riscos encontrados dentro do hospital”, declara a engenheira química, da Global Cursos e Consultoria Química e Ambiental, Marcia Cizeski.
Após vistoria e análise ambiental da equipe técnica da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FUMAF) na área do hospital e do entorno aonde se localizam as árvores supracitadas, a autorização de corte das falsas seringueiras será emitida nesta semana, de acordo com o presidente da Fumaf, Natan de Souza. “Será exigido que tenha acompanhamento de responsável técnico e que seja feita substituição dessas árvores por espécies nativas adequadas para arborização urbana e revitalização da área”, declara.
“É importante salientar que pelo fato da falsa seringueira ser considerada como uma espécie exótica e invasora, está diretamente associada ao homem, porque sua introdução não ocorre por meios naturais, provocando perda da diversidade biológica, uma vez que altera a população de espécies nativas, podendo causar consequências negativas para o meio ambiente, propiciando erosão e sedimentação, reduzindo o valor econômico e produtivo da terra e o valor estético da paisagem natural”, acrescenta o presidente da Fumaf.