Assessoria de Imprensa Unesc / Foto: André Ávila-Agência RBS
Evento receberá médico que é referência nacional no assunto.
A maconha e seus princípios terapêuticos estarão em debate na Unesc, durante o XV Simpósio de Pesquisa em Ciências da Saúde. Promovido nos dias 30 e 31 de maio, o evento receberá o médico psiquiatra e psicanalista, Doutor Sérgio de Paula Ramos, com 40 anos de experiência no tratamento de dependências químicas. Aberto a estudantes, professores e pesquisadores da área, a inscrição e a submissão de trabalhos podem ser feitas na página do evento até 15 de maio. https://doity.com.br/xv-simposio-de-pesquisa-em-ciencias-da-saude.
Com a temática “Maconha, Canabinoides e Terapêutica”, o Simpósio reunirá participantes de todo o Brasil para discutir os aspectos epidemiológicos do uso da maconha, políticas públicas e jurídicas, receptores canabinoides e seus mecanismos de ação, aspectos clínicos e a maconha como fator de risco para doenças psiquiátricas.
Integrante do PPGCS e professor do Departamento de Psiquiatria e Ciências do Comportamento da McGovern Medical School – The University of Texas Health Science Center at Houston, nos Estados Unidos, o pesquisador doutor, João Luciano de Quevedo, avalia o uso medicinal da maconha ou de compostos derivados como promissor e destaca o crescimento do uso de canabidiol para tratar Epilepsia e Parkinson, ambos resistentes ao tratamento convencional.
Segundo Quevedo, mesmo com entraves sobre o uso, a maconha sempre foi vista como uma alternativa confiável para o uso em questões de saúde. “Inclusive, há uma resolução do Conselho Federal de Medicina que permite aos médicos prescreverem o Canabidiol, se isso for necessário”, afirma.
Pontos e contrapontos
Além de abordar a maconha como fator positivo para tratamentos em saúde, o Simpósio de Pesquisa em Ciências da Saúde se propõe a analisar os dois lados do uso, incluindo os malefícios da maconha. “Do ponto de vista médico e biológico, uma das vertentes de danos do uso abusivo e recreativo da maconha é o surgimento de doenças psiquiátricas. O que mais nos preocupa, na comunidade médica, é o alto risco do desenvolvimento de doenças psiquiátricas graves, como a esquizofrenia”, salienta Quevedo.
Para o médico e pesquisador, este encontro promove um grande esclarecimento à comunidade, em especial à científica, sobre como conseguir fazer a diferenciação entre uso medicinal e recreativo. “Traremos discussões baseadas em comprovações científicas. Temos o cuidado de ter palestrantes que vão demonstrar cientificamente os malefícios do uso da maconha e teremos outros que vão mostrar os benefícios do uso dos canabinoides”, esclarece.
O evento é uma parceria do PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde) e Laboratório de Psiquiatria Translacional da Universidade. Mais informações pelo telefone (48) 3431-2578.