O dia 21 de fevereiro é especial na trajetória do curso que formou mais de uma centena de jornalistas.
Quem conta diariamente fatos e histórias passa a fazer parte delas. Doze anos se passaram desde a primeira aula do curso de Jornalismo da Faculdade Satc. De lá para cá, novos profissionais vêm mudando o cenário e o mercado de trabalho regional, ratificando a necessidade da formação acadêmica na qualidade da produção jornalística local.
“Se antes nós tínhamos redações e assessorias sem jornalistas por formação, agora nós temos profissionais graduados pela Satc em todos os espaços. É gratificante demais ver que contribuímos pela qualidade do jornalismo como um todo”, observa a coordenadora do curso, Lize Búrigo.
A primeira aula do Jornalismo Satc foi em 21 de fevereiro de 2007. Antônio Colossi, hoje comunicador na Rádio Eldorado, é um dos formados da primeira turma. Desde os 9 anos ele sabia o que gostaria de ser: jornalista. Foi nessa época que Colossi começou a guardar jornais que traziam matérias interessantes. Dono de uma memória privilegiada, ele lembra de detalhes que para alguns passam despercebidos.
“No dia 9 de janeiro de 2007 vim fazer a matrícula no curso”, comenta. Antes de ingressar no Jornalismo da Satc ele até tentou outra área, cursando Ciências da Computação. “Mas quando abriu o curso na Satc tinha certeza que era o que eu queria fazer. E foi melhor que eu esperava. A convivência com gerações diferentes, com profissionais que já atuavam, foi muito gratificante”, relembra.
Desde 2009, Colossi faz parte do grupo de profissionais da Rádio Eldorado, de Criciúma. Começou na produção e hoje tem um programa diário, o Café da Tarde, onde faz uma das melhores coisas do jornalismo, ouvir boas histórias. Também é dele a parte de memória da emissora, onde resgata fatos históricos locais e nacionais e traz para os ouvintes.
O menino que não gostava de ir ao campo
Ir ao jogo do Criciúma no estádio Heriberto Hülse não era uma coisa que Mateus Mastella gostava de fazer. “Gostava era de jogar futebol”. Um dia, numa ida ao barbeiro com o pai, o adolescente ouviu um jogo do Tigre pelo rádio. Ouviu pela primeira vez o radialista Jotha Del Fabro, que numa transmissão empolgada narrou o gol marcado por Atos. “Nunca tinha ouvido uma narração assim. Gostei daquilo e passei a ouvir os jogos pelo rádio”, ressalta.
A passagem pela Faculdade Satc aguçou ainda mais a vontade de seguir no jornalismo esportivo. Abriu uma assessoria de imprensa e marketing esportivo com o colega Lucas Colombo. Em 2018, decidiu que era hora de ousar e levar o programa Tabelando, que fazia com amigos na Rádio Hulha Negra, para outra plataforma.
“Vi que estavam fazendo a transmissão de jogos pela web e vi que podíamos fazer aqui”. Numa parceria com o Portal Engeplus, o Tabelando passou a cobrir os jogos do Criciúma. Hoje, além de Mastella, mais sete profissionais atuam comentando, fazendo reportagens e cuidando da parte técnica. “O momento atual exige que o jornalista aprenda a se reinventar”, pondera.
Por um jornalismo cada vez melhor
A trajetória acadêmica de Tânia De Faveri Giusti não parou quando se formou em 2014 pela Satc. Apaixonada pela profissão, ela resolveu continuar os estudos em Jornalismo. Atualmente é assessora de imprensa na Prefeitura de Içara e cursa Mestrado em Jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina.
“Acredito no papel social do jornalismo, na sua postura crítica e reflexiva, que aliadas ao potencial transformador da educação, contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e democrática. Além disso, precisamos estar sempre nos reinventando, e essas mudanças não ocorrem somente nas rotinas de trabalho, nas redações ou assessorias, elas passam pelo surgimento de novas teorias e discussões aprofundadas sobre as já existentes”, destaca.
Neste ano Tânia defenderá sua dissertação que abordará as caraterísticas dos novos arranjos jornalísticos, do ponto de vista de governança financeira, editorial e circulação.
Muitas relações por meio da profissão
Clara Fernandes é mais uma das profissionais formadas na Satc e que atua em assessoria de imprensa. Segundo a jornalista, das muitas conquistas alcançadas com o Jornalismo, as relações construídas merecem destaque.
“Fiz muitos contatos durante a faculdade, o famoso networking. Então além do que aprendi em sala de aula, as relações são muito importantes para o bom desempenho da profissão. Afinal, somos a própria comunicação, precisamos nos comunicar e criar esses vínculos. O curso me ajudou muito nisso”, aponta.
A jornalista trabalha hoje como assessora de imprensa na Agência Novo Texto e é repórter da WebTV Câmara, no legislativo municipal.
Uma jornalista multimídia
Descobrir e aprender coisas novas sempre motivaram a jornalista Francine Ferreira. A ex-acadêmica ingressou na faculdade de Jornalismo com o intuito de explorar a profissão e experimentar todas as possibilidades que o curso poderia dar.
“Sempre gostei de ler e escrever e tinha uma curiosidade maior pela profissão, tanto que desde o Ensino Fundamental já havia decidido estudar Jornalismo. Pensei desde o começo que esse início de carreira seria para conhecer ao máximo as áreas de atuação, para quando realmente me estabelecer, ter a certeza que é aquilo que quero fazer”, conta Francine.
E é assim que a jornalista tem levado a profissão, conciliando a função de repórter de rádio e portal, colunista e repórter de jornal impresso e assessora de imprensa. “Tudo isso vai me dando bagagem para crescer cada vez mais como jornalista, agregando conhecimento que só vai me fortalecer na profissão”, acredita.