Os municípios do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos da Região Sul (Cirsures) passam a viver um novo momento. Isso porque os prefeitos integrantes inauguraram nesta quinta-feira, dia 6, a usina de asfalto que fica no aterro sanitário do consórcio, no bairro Rio Carvão, em Urussanga. Com a iniciativa, as cidades terão mais ruas pavimentadas, com maior agilidade e custo mais barato.
Mesmo sendo inaugurados de forma oficial nesta quinta-feira, os equipamentos, que chegam a um investimento de R$ 2 milhões rateados entre os sete municípios, já estão em operação desde outubro quando o asfalto produzido foi encaminhado para Cocal do Sul e Orleans. A capacidade da produção é de 35 a 40 toneladas por hora.
O presidente do Cirsures, prefeito de Morro da Fumaça, Noi Coral, destaca a economia que a usina irá gerar aos municípios, chegando a custar 40% mais barato na compra do asfalto da usina. “As melhorias aos moradores das cidades serão muitas, por isso agradeço a cada uma das pessoas que se envolveram até que este momento chegasse. Reforço o agradecimento aos vereadores de cada cidade por votarem e aprovarem as mudanças necessárias para que pudéssemos adquirir a usina. Agradeço e parabenizo para cada um dos funcionários que compõem a equipe do Cirsures, sem os quais, nada do que planejamos sairia do papel. Agradeço e parabenizo também os integrantes da Cooperativa de Reciclagem Rio América que desempenha um grande papel ao fazer a triagem e venda de mais de 50 toneladas por mês”, enfatiza.
Produção
Desde outubro, quando iniciou a operação, a usina já fabricou 2,6 mil toneladas de asfalto e a utilização da produção seguirá um cronograma pré-estabelecido, sendo que a próxima cidade a ser atendida será Urussanga que pavimentará 1,3 quilômetros na comunidade de Palmeira. Lauro Müller e Morro da Fumaça estão no calendário de janeiro, seguindo depois para Treviso e Siderópolis.
Surgimento da ideia
A ideia da compra de uma usina de asfalto teve início com o prefeito de Cocal do Sul, quando ocupava a presidência da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), em 2017. Como não foi possível na época, a sugestão foi levada ao Cirsures. “Quando não se viabilizou na Amrec, se começou a discutir de outra maneira, e se chegou ao Cirsures. Agradeço ao Ademir por trazer esta ideia. Também agradeço aos outros prefeitos que a acataram. Obrigado aos vereadores que aprovaram as mudanças necessárias do estatuto para que fosse possível a aquisição da usina”, enfatiza o vice-presidente do Cirsures, prefeito de Urussanga, Gustavo Cancellier.
Cancellier destaca ainda a participação dos funcionários do consórcio em todo o processo. “A partir do momento que decidimos adquirir a usina, teríamos que ter uma equipe que se engajasse, aumentando a responsabilidade, pois trabalhar com massa asfáltica é algo novo para os prefeitos e para os funcionários e eles, em uma velocidade muito grande, conseguiram viabilizar”, conclui.
Mais que gestão de resíduos
Toda a parte elétrica para o funcionamento do equipamento foi doado pela Cooperativa Energética Cocal (Coopercocal), ultrapassando investimento de R$ 50 mil. “O Cirsures é a união de sete municípios que iniciou lá em 2001, mas se transformou em muito mais que um local para se fazer a gestão dos resíduos sólidos urbanos. Nos tornamos referência e hoje este exemplo é copiado em vários lugares. Em 2018, conseguimos investir R$ 2 milhões na usina de asfalto que irá tornar mais fácil a pavimentação nos municípios integrantes do consórcio. Uma grande conquista para estas cidades que irá gerar melhor qualidade de vida à população”, completa Coral.
Além da pavimentação de ruas, o asfalto produzido pela usina também poderá ser usado para operações tapa buracos, construção de lombadas e faixas elevadas. “Siderópolis foi o último município a ingressar no Cirsures e eu considero que foi uma decisão muito importante, pois deu maior segurança na destinação dos resíduos. Este é um dia festivo para estas cidades. Agora temos uma grande oportunidade, pois além do custo, teremos agilidade. Esta iniciativa ajudará principalmente aquelas pessoas que não têm pavimentação em frente às suas casas”, pontua o presidente da Amrec, prefeito de Siderópolis, Hélio Cesa Alemão.
MARCIANO BORTOLIN