Neste final de semana, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil voltam a adotar o horário de verão. Na madrugada de sábado para domingo, os relógios deverão ser adiantados em uma hora. Oficialmente, o horário de verão é aplicado para diminuir o consumo de energia nos horários de pico, evitando a sobrecarga no sistema, que exige o acionamento de usinas termelétricas, mais caras e poluentes.
O horário de verão pode até reduzir o consumo de energia, no entanto essa redução não reflete na fatura do consumidor, como explica o analista comercial da Cooperativa Fumacense de Eletricidade/Cermoful, Anderson Estácio. “O consumidor acaba não sentindo na fatura, pois também há o aumento no uso de ventiladores e condicionadores de ar. Nós podemos verificar que o consumidor sentiria muito mais o impacto se não houvesse a mudança do horário, já que além desses aparelhos haveria iluminação natural por menos tempo”.
Sobre o horário de verão ele explica: “Hoje, há dúvidas sobre os benefícios do horário de verão em relação a economia de energia, já que o horário de pico de consumo mudou. Com a necessidade da indústria e o uso de aparelhos de ar condicionado pelo comércios e residência, o grande consumo está entre 13h30min e 15h30min. Por isso, já há discussão no Governo sobre manter ou não o horário de verão”.
Opiniões divergentes
A controversa sobre o horário de verão não se restringe apenas em relação a economia. Muitas pessoas discordam sobre os benefícios de ter a hora alterada. Tem os que acreditam que o com o novo horário o dia fica maior e tem aqueles que acham que passa muito rápido.
A gerente administrativa da Loja Star Chic, Samantha de Oliveira, é uma das que gosta do novo horário. “Eu amo, para nós que trabalhamos com comércio, poder chegar em casa ainda com o dia claro é maravilhoso, dá até para fazer caminhada”, além disso, a gerente destaca que a mudança de horário também reflete no movimento do comércio, “parece que o cliente se sente mais propenso a fazer compras, tem movimento até os últimos minutos”.
No entanto, opinião diferente tem o bioquímico Dr. César Preve, proprietário do Laboratório Preve. “Para mim fica mais complicado, pois eu chego cedo aqui, mas os clientes começam a aparecer uma hora mais tarde para fazer coleta. Parece que apesar do relógio ter adiantado uma hora, o relógio biológico da pessoa não assimila. Quando eu percebo são quase onze horas da manhã e o meu trabalho interno não rendeu. Eu prefiro o horário normal”.
Gostando ou não é bom se acostumar, pois mesmo sendo mais curto esse ano a mudança no horário segue até o dia 20 de fevereiro do próximo ano.
Angela Barbara Pereira
