A escola Bem Me Quer/Apae de Morro da Fumaça encerrou o mês de agosto com uma série de atividades voltadas a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla e a Semana Laranja da Prevenção de Deficiências/Programa Prevenir. A primeira tem como tema, “Família e pessoa com deficiência, protagonistas na implementação das políticas públicas”, e tem o objetivo de estimular o debate e colocar a sociedade em reflexão sobre a importância da inclusão. A segunda busca discutir formas de conscientizar e prevenir às deficiências.

De acordo com a diretora da escola, Ocinéia Maragno Maccari, foram dias intensos em divulgação. “Realizamos palestras, panfletagens, caminhadas, exposição de trabalhos, gincanas, tarde de beleza, entre outras ações buscando chamar a atenção da sociedade para os temas”, destaca.

Alunos do nono ano da rede municipal de ensino, estadual e particular, Agentes de Saúde, Enfermeiras, Cras e Caps foram convidados a participar de palestras no auditório da Apae. “As palestras foram voltadas à prevenção e orientações, e os alunos participaram depois de uma gincana com o tema. Outro trabalho importante foi com as Agentes de Saúde, porque elas estão dentro das casas, visitam e descobrem aquela criança que suspeitam que nasceu ou que está com algum problema, ou aquela que nunca procurou a Apae”, pontua a diretora.

Na exposição dos trabalhos realizada na “Casa da Nona”, no centro da cidade, os visitantes puderam conhecer o que foi produzido pelos alunos apaeanos durante o ano. Além da parte pedagógica, eles fazem artesanatos mostrando suas habilidades.

Agosto Laranja

A fonoaudióloga e Coordenadora Regional do Programa de Saúde e Prevenção das APAES da Região Carbonífera, Cristiane D’Acampora Guazzi, descreve que a prevenção das deficiências é um assunto que deve interessar a todos os cidadãos, já que uma em cada dez pessoas são portadoras de algum tipo de deficiência, e isso não é uma doença. Segundo a Organização Mundial de Saúde/OMS, 10% da população mundial possui algum tipo de deficiência e 70% poderia ser evitada.

“Podemos definir prevenção como sendo um conjunto de ações destinadas a impedir ou evitar ao máximo a ocorrência de limitações intelectuais, físicas, psíquicas e/ou sensoriais, durante a gravidez, no nascimento e ao longo da vida. Para evitar ou reduzir situações de risco a prevenção pode ser realizada de forma primária, secundária e terciária”, explica a fonoaudióloga.

Existem também vários fatores genéticos que podem levar a uma deficiência. “O comportamento preventivo deve ter início no momento em que a mulher decidir ter filhos porque os riscos de má formação do feto geralmente ocorrem durante as primeiras semanas de gestação. E o melhor momento para o casal conhecer as condições de saúde para gerar uma criança, com certeza, é antes da própria gravidez”, destaca.

Após o nascimento de uma criança, a coordenadora alerta que os testes do pezinho, do olhinho e o da orelhinha são extremamente importantes realizar. E ao menor sinal de atraso no desenvolvimento da criança, deve-se procurar um médico ou o serviço especializado.

Gabriela Recco