Gabriela Recco

O sentimento de solidariedade toma conta dos fumacenses com a tragédia que atingiu estado vizinho do Rio Grande do Sul. Muitas doações já foram enviadas do município, e, recentemente, acompanhamos periodicamente a ida de voluntários para ajudar no atendimento e reconstrução dos locais afetados.

Neste fim de semana, um grupo de voluntários esteve na cidade de São Leopoldo ajudando famílias na retirada de destroços das casas. O grupo saiu na madrugada de sábado (1º) retornando neste domingo depois de muito trabalho. Além dos fumacenses, moradores de Criciúma e Turvo estiveram juntos na missão humanitária.

“A iniciativa surgiu pelo Instagram onde estavam tentando montar um grupo maior, e como eu já estava com vontade de ir, foi uma boa oportunidade. Nosso objetivo era ajudar na limpeza das casas, entretanto, elas ainda estão muito cheias de lama e destroços, e por isso não conseguimos fazer limpeza, só conseguimos tirar os destroços e colocar na frente das residências. É um cenário muito triste, de guerra”, conta a voluntária de Morro da Fumaça, Juliana Darc Ribeiro dos Santos.

O que é postado nas redes sociais não é nem de perto a realidade enfrentada, conta Juliana. “São brinquedos, fotos, roupas, móveis, enfim, inúmeras coisas que não tem como recuperar. Vimos as pessoas tentando resgatar objetos como uma lembrança de uma história que tiveram. A gente vê as pessoas abaladas, mas ao mesmo tempo com muita força de vontade e fé. Eu segurei muitas vezes o choro, e em alguns momentos fui para um cantinho sozinha chorar”, relata.

Solidariedade

Dados divulgados neste fim de semana pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul apontam que São Leopoldo teve 40,7% da população diretamente alcançada pela enchente, o quarto maior índice de afetados em todo o Estado.

“Meu sentimento de ajudar neste momento é de empatia com aquelas famílias. De me colocar no lugar deles, e isso eu tive desde o início desta tragédia. Fomos num grupo onde quase ninguém se conhecia, mas estávamos todos com um único propósito, a solidariedade”, compartilha a fumacense, Fran Sartor.

As voluntárias destacam que é importante doações de produtos de limpeza, vassouras, rodos de madeiras, luvas e máscaras. “Eu peço que as pessoas não parem de doar. Tem muitas famílias precisando de ajuda aqui e a reconstrução de cada casa vai demorar muito ainda”, finaliza Juliana.