Quem passa pela Praça da Igreja Matriz São Roque, em Morro da Fumaça, se encanta com o capricho na conservação dos canteiros. As responsáveis pelo trabalho é o grupo de mulheres “Abrindo Caminhos para o futuro”, que é atendido pela Pastoral Social, com apoio da Paróquia São Roque e da Pastoral da Saúde.
De acordo com a coordenadora do projeto, Maria Bortolin, o objetivo é cuidar do jardim e da horta comunitária, e conta com 28 mulheres cadastradas. “Para participar do grupo é feito um cadastro e analisamos a realidade de cada família. Elas precisam participar duas vezes por semana do grupo. Nas quartas-feiras com as aulas de artesanatos, onde contamos com ajuda da prefeitura e de algumas voluntárias, e nas quintas-feiras no jardim na praça. Além disso, uma vez ao mês todas as mulheres vão na missa, independente da religião”, explica.
Maria ainda destaca que o trabalho da Pastoral Social vai além deste projeto. “Atendemos pessoas acamadas, doentes e idosos com doações de cestas básicas, roupas e remédios. O que estiver ao nosso alcance ajudamos”, pontua Maria.
“A gente cuida e faz com muito carinho, é um trabalho voluntário. Algumas pessoas nos cumprimentam dando os parabéns, outras não valorizam nosso trabalho. Tem gente até que pensa que trabalhamos para a prefeitura, mas somos da Pastoral Social”, destaca a participante Roseni Lopes Limas.
Participando há 14 anos, a senhora Doralina dos Santos se sente feliz no grupo pelo acolhimento que recebe. “Gosto muito de tudo aqui, da amizade, dos trabalhos que aprendo e do respeito que temos umas pelas outras. Principalmente o carinho da Maria pela gente”.
A mesma sensação compartilha Vanilma dos Santos. “Estou desde que começou e aprendi muita coisa, até a bordar. Sou feliz por estar aqui com elas. É uma amizade. Tudo que aprendemos é para nosso bem. Da horta, levo comida para minha casa”, conta.
“Todo esse nosso trabalho é da Paróquia São Roque, então atendemos também pessoas de localidades da região. O meu retorno nesse trabalho é só a alegria de poder saber que a gente é útil a essas famílias. Esse carinho que elas têm pela gente. Saber que estamos numa organização buscando motivar e orientar fazendo elas terem uma vida melhor através do alimento que elas mesmas plantam. Agradecemos a Deus sempre pelos nossos momentos”, finaliza Maria.
Para Adelina Delfino De Jesus, coordenadora da Pastoral da Saúde, as coisas naturais são complementos para a saúde. “E assim trabalhamos em conjunto, porém, com recursos financeiros escassos tudo é mais limitado. Mas temos muita força de vontade em ajudar e se tivéssemos uma assistência maior, poderíamos contribuir ainda mais”, lamenta.