Especial

Outubro Rosa: diagnóstico precoce ajudou professora no tratamento do câncer de mama

Outubro Rosa: diagnóstico precoce ajudou professora no tratamento do câncer de mama
Gabriela Recco

“Sempre levei muito a sério a saúde e a prevenção. E mesmo assim precisei encarar essa batalha”, conta a professora Priscila Cipriano Correa que está em tratamento de câncer de mama pela segunda vez. Aos 41 anos de idade, Priscila conta que nas duas vezes percebeu algo errado no seu corpo e procurou imediatamente ajuda um médico.

“O primeiro diagnóstico foi em 2020, um mês antes da pandemia, mas na época fiz somente a mastectomia da mama direita e não houve necessidade da quimioterapia, nem radioterapia. Neste ano voltou na mesma mama, porém, no bico que havia sido preservado. Precisei operar novamente e, desta vez, fazer radioterapia e quimioterapia pois havia um linfonodo comprometido”, explica Priscila.

O câncer de mama é o tipo mais frequente de câncer em mulheres e, também, o que mais leva a morte. O objetivo do Outubro Rosa 2023 é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença. Estudos mostram que quanto mais cedo for o diagnóstico, maiores são as chances de cura.

“No início eu fazia acompanhamento de três em três meses, depois do primeiro diagnóstico e nos últimos anos, de seis em seis meses. Só estava tomando medicação oral. Foi uma surpresa tanto para mim como para o médico que me operou o retorno do câncer. Mas o importante é que foi operado rápido e já em seguida iniciei o novo tratamento”, pontua.

Apoio, confiança e incentivo a prevenção

Com o apoio da família e dos amigos, a professora vem encarando com otimismo e fé as fases do tratamento. “Muito aprendi com o câncer e hoje sou uma nova mulher, que se ama, ama sua família e quer aproveitar muito ainda das maravilhas da vida”, reforça.

A queda de cabelo é um dos sintomas do tratamento ao câncer e mexe com a autoestima feminina. Mas Priscila conta que enfrentou essa etapa com muito carinho. “Agradeço de todo coração a surpresa de algumas amigas que fizeram uma vaquinha para pagar a prótese capilar como, também, para as mulheres que doaram cabelo para fazer a prótese. Foi um gesto lindo e cheio de amor”.

Com orientação médica, a prática de exercícios físicos é possível durante o tratamento do câncer e se torna um aliado na qualidade de vida do paciente. “Sou apaixonada por corridas e pratico há cinco anos, só parei quando fiz as cirurgias que foram três. Mas quando o médico liberava lá estava eu novamente. Agora com o tratamento não consigo ir com tanta regularidade, mas quando estou melhor vou para a academia para ajudar nos sintomas e faz falta quando não vou”, acrescenta.

Especialmente neste mês dedicado a prevenção ao câncer de mama, Priscila incentiva as mulheres a se cuidarem. “Se amem, se cuidem, se conheçam e se notarem ao diferente não hesitem em procurar ajuda médica. O diagnóstico precoce cura e ameniza o tratamento”, enfatiza. “Minha filha mais velha tem 20 anos e desde os 13 anos quando a pediatra a liberou já iniciamos o acompanhamento ginecológico anual e ela não falha nenhum ano tanto ela como eu também”, finaliza.

Topo