CATARINA BORTOLOTTO / FOTO: FRANCINE FERREIRA
Práticas desenvolvidas pela indústria fazem com que toda a matéria-prima se torne algum tipo de produto final.
Atitudes sustentáveis e de baixo impacto para o meio ambiente vem sendo fortemente implantadas em empresas ao redor de todo o mundo. Com essa premissa, nenhum grão de arroz é desperdiçado na cadeia produtiva da Fumacense Alimentos, que atua de forma expressiva no ramo cerealista brasileiro. Para alcançar esse objetivo, a indústria adotou inúmeras práticas para que toda a sua matéria-prima se torne algum tipo de produto final.
Nas versões branco, parboilizado e integral, o arroz passa por uma rígida seleção mecânica e eletrônica até ser empacotado e chegar aos supermercados, em sua maioria pela mais antiga marca da Fumacense Alimentos: a Kiarroz.
Contudo, aqueles que não se encaixam nos critérios estabelecidos são destinados para outras áreas dentro da própria indústria e, em alguns casos, para terceiros. “A cor, a espessura e o tamanho são os principais aspectos analisados neste momento, separando os grãos quebrados, mais brancos e mais escuros dos demais”, explica o gerente da unidade de Alegrete da Fumacense Alimentos, Vagner Coletti da Silveira.
No caso do arroz branco, ele passa por uma nova limpeza e classificação. Grãos menores que 4.66 milímetros, considerados pequenos demais para ir à panela, são encaminhados à fabricação de bebidas vegetais, farinhas e misturas à base de arroz da RisoVita – marca de saudabilidade da indústria cerealista.
Já os que apresentam alguma mancha são destinados para o empacotamento do arroz Boby – produto da empresa designado à alimentação animal.
“Diferentemente dos grãos do arroz branco que vão para a RisoVita, os grãos parboilizados e integrais separados no momento da seleção, posteriormente, são diretamente reservados para o Boby. Em alguns casos, também são vendidos à terceiros para utilização na produção de alpiste para as aves, junto com o farelo, resultado do processo de brunimento e polimento do arroz”, completa Silveira.
Ciclo de produção fechado
Além de não desperdiçar nenhum grão durante a cadeira produtiva, os resíduos gerados são reciclados e reaproveitados. Dessa forma, evitando o descarte direto no meio ambiente. As cascas, por exemplo, têm papel fundamental para a usina termelétrica própria da indústria, utilizada para geração de energia elétrica, e a cinza gerada a partir da queima é destinada às indústrias siderúrgicas, cimenteiras e ceramistas.
Sobre a Fumacense Alimentos
Referência nacional na produção de arroz e produtos feitos à base desse cereal, a Fumacense Alimentos possui as marcas Kiarroz, RisoVita e Kifeijão, além da Campeiro, Vilarroz e da linha Boby, a última voltada para alimentação de animais. Fundada em 1970, sua matriz está localizada em Morro da Fumaça, no Sul catarinense. A empresa possui, ainda, outras duas plantas produtivas, uma em Alegrete/RS e outra em Pombos/PE.
Juntamente com a JS Empreendimentos, Criciúma Shopping e Mark At Place, a Fumacense Alimentos – com as marcas Kiarroz e RisoVita – faz parte do Grupo EZOS, um grupo econômico lançado em 2020 com um sistema de gestão inovador, por conta da criação do primeiro Centro de Serviços Compartilhados do Sul catarinense.