GABRIELA RECCO
A coleta seletiva em Morro da Fumaça é a principal forma do morador entregar os materiais separados para reciclagem. O recolhimento é feito pelo Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos Urbanos da Região Sul (Cirsures) de forma semanal ou quinzenal dependendo do bairro. Em algumas localidades foram instalados pontos de entrega voluntária (PVE’s), sendo o principal exemplo a comunidade de Linha Torrens.
“A forma mais simples para encaminhar para a coleta seletiva é separar o material seco do orgânico, já que todo o material da coleta seletiva, seja papel, plástico ou metal misturado vai para uma triagem. Nesta triagem, os trabalhadores da cooperativa separam os itens de acordo com sua classificação. Por exemplo, existem sete tipos de plásticos, e é na triagem que ocorre essa separação de acordo com o mercado”, explica a diretora superintendente da Fundação do Meio Ambiente de Morro da Fumaça (Fumaf), Silvia Roseng.
Materiais recicláveis devem ser limpos
Ela pontua a importância de os materiais encaminhados para a coleta seletiva serem limpos. “Caixas de leite que são recicláveis, por exemplo, é só passar uma água para tirar o excesso de leite, assim como embalagens que tiverem contato com alimentos. Essa necessidade existe porque demora um tempo até os catadores abrirem a bolsa onde aquele material fica juntando insetos, bichos e, inclusive, mau cheiro. Material com gordura não é reciclável como saquinhos de x-salada e pizza”, acrescenta Silvia.
Também é importante saber quais materiais orgânicos podem ser reaproveitados. “Cascas de frutas podem ir para compostagem. Já papel higiênico e fraldas não são recicláveis. É importante saber estas informações na hora de separar os materiais”, coloca.
Em Morro da Fumaça, o desafio é aumentar a conscientização da população para melhorar os índices de materiais que vão para reciclagem. Dados recentes apontam que de todo lixo produzido no município, apenas 3,5% são reciclados, mas o percentual de materiais recicláveis que vão para o lixo comum ultrapassa 40%.
“Nós só por existirmos no mundo geramos impactos ambientais. Quanto mais consumimos mais resíduos nós geramos. Nós estamos usando muito o planeta e não estamos devolvendo num tempo que ele consiga regenerar. O que podemos fazer é pegar esse recurso extraído uma vez que tem possibilidade de reciclagem e voltar para a cadeia produtiva. Evitar lixões ou descarte inadequados, porque esses materiais em contato com o meio ambiente poluem solo, água e ar”, explica a diretora da Fumaf.
O material de reciclagem ainda pode ser destaque na economia, sendo uma fonte de renda para diversas famílias. “Esse é um trabalho muito importante de conscientização, de humanidade, de cidadania que é deixar o planeta ainda habitável para essa geração e para as futuras gerações. O gerenciamento correto de resíduos contribui para a sustentabilidade e ajuda com que as mudanças climáticas sejam minimizadas”, finaliza Silvia Roseng.
Cronograma da Coleta Seletiva
- Quinta-feira pela manhã: Centro, Estação Cocal e no ponto de coleta Linha Torrens;
- Quinta-feira à tarde: Barracão, Graziela, Monte Verde e Naspolini;
- A cada quinze dias na terça-feira à tarde: Capelinha, Esperança, Jussara e Princesa Isabel.
Centro de Triagem
O Centro de Triagem de Morro da Fumaça hoje funciona como Ponto de Entrega Voluntário – PEV. Todos os materiais recicláveis podem ser entregues, bem como itens de difícil encaminhamento como colchões, sofás, armários, pneus. Tudo passa pela triagem, é encaminhado para reciclagem ou ainda para reutilização. O local no Bairro Capelinha fica aberto todas as segundas-feiras e através de agendamento no telefone (48) 3434-4497.