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Juiz Roque Lopedote destaca ações e desafios da Justiça em Morro da Fumaça

Juiz Roque Lopedote destaca ações e desafios da Justiça em Morro da Fumaça
GABRIELA RECCO

O Juiz da 2ª Vara da Comarca de Urussanga, Roque Lopedote, esteve em Morro da Fumaça na última semana para a inauguração da nova sede da Delegacia de Polícia. Em entrevista exclusiva ao site Morro da Fumaça Notícias, ele destaca as ações e os desafios cotidianos enfrentados pela Justiça.

“Nosso problema maior sempre está relacionado a demanda, a falta de efetivo de pessoal e o excesso de trabalho. Com o esforço dos delegados eles buscam colocar o trabalho em dia, fazem o seu melhor, mas com pouca estrutura e com pouco pessoal. Isso traz um prejuízo com o próprio andamento de inquéritos e termos circunstanciados”, frisa Lopedote.

No entanto, ele pontua de forma positiva o contato mais próximo com a delegacia de Morro da Fumaça, bem como de Cocal do Sul e Urussanga. “O relacionamento é permanente com os servidores, tanto com o gabinete da 2ª Vara responsáveis pela parte criminal, como os servidores das delegacias. Isso tem ajudado a trazer efetividade e rapidez nas respostas das demandas”, acrescenta.

Em Morro da Fumaça, o Juiz Roque Lopedote relata muitos problemas envolvendo furtos, roubos e violência doméstica. “A Lei Maria da Penha, com a aplicação das medidas protetivas, tem demandado bastante nosso trabalho. Parece que as mulheres estão procurando mais seus direitos, estão perdendo o medo de procurar as autoridades e isso evidentemente tem gerado uma demanda maior”, coloca o magistrado.

“E nós temos que tomar cuidado na rápida resposta para se evitar um mal maior. Então procuramos analisar assim que a solicitação de medida protetiva chega lá. E em questão de uma ou duas horas analisamos se o caso merece deferimento”, explica.

Outro sério problema enfrentado em Morro da Fumaça é relacionado aos furtos. O juiz da Comarca de Urussanga pondera que a necessidade de provas concretas produzidas é a maior dificuldade dos casos. “Quando o pedido de prisão preventiva chega ao Fórum precisamos analisar a prova produzida até aquele momento. E que ela evidentemente nos traga uma relativa certeza com relação a autoria dos furtos”, pontua.

“Então, o que acontece é que nem sempre os agentes policiais conseguem fazer a produção dessa prova necessária para decretar uma prisão preventiva. Até porque é um ato extremo, é alguém que vai ter sua liberdade cerceada antes mesmo de ter uma ação penal. A exigência e o cuidado que temos que ter é muito maior para que ninguém fique preso injustamente. Entendemos a população, mas o ‘ouvir dizer’ não é suficiente para embasar uma decisão judicial”, finaliza o magistrado.

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