Catarina Bortolotto
A partir da compensação ambiental das embalagens dos produtos comercializados, indústria cerealista catarinense reforça viés sustentável.
Com mais de 200 milhões de habitantes, segundo dados do Censo Demográfico 2022 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil gera diariamente, uma quantidade gigantesca de resíduos sólidos urbanos. Visando contribuir cada vez mais com o meio ambiente, por meio da destinação correta das embalagens que envolvem os produtos comercializados pela indústria, a Fumacense Alimentos (SC) decidiu investir mais uma vez em sustentabilidade e, agora, recebe o selo “eureciclo”.
Conforme a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), cerca de 306 mil toneladas de materiais secos foram recicladas em 2022. Diante deste cenário e com o intuito de contribuir para o aumento destes números, a cerealista começou a investir em logística reversa.
Desta maneira, por meio de uma parceria com uma empresa especializada, consegue garantir a compensação ambiental de 30% das embalagens produzidas para as marcas Kiarroz, RisoVita, Campeiro, Vilarroz, Kifeijão e Boby. Ou seja, faz com que essa parcela colocada no mercado por conta da produção dos alimentos seja reciclada e volte à cadeia produtiva.
Conforme explica Elisa Bernardini – gerente de Qualidade corporativa do Grupo EZOS, do qual a Fumacense Alimentos faz parte –, a ideia é expandir cada vez mais a iniciativa e alcançar a marca de 100% de compensação, para que tudo que é produzido como embalagem seja reaproveitado de alguma maneira. “Em nossos produtos, utilizamos as embalagens primárias, que estão em contato direto com o alimento, e secundárias, que são usadas fora da embalagem primária para agrupar determinado número de produtos e criar uma unidade de estoque. Isto resulta na geração de plástico, alumínio e papel, por exemplo. Tudo pode ser reciclado, por isso decidimos investir em mais essa forma de cuidado com o meio ambiente”, evidencia.
DNA sustentável
Pioneira na geração de energia elétrica a partir da queima da casca do arroz – matéria-prima de quase todos os alimentos fabricados pela indústria –, a preocupação com a sustentabilidade se mostra algo latente na Fumacense Alimentos. A partir da instalação de uma usina termelétrica dentro do parque fabril em Morro da Fumaça (SC) em 2008, a empresa cerealista reutiliza o que seria um rejeito para fazer o maquinário funcionar. Além disso, também destina a cinza, resultante do processo de queima, para outros setores econômicos.
“Olhar para além da fábrica e pensar na natureza que nos cerca está, sem sombra de dúvidas, entre os nossos diferenciais. Sentimos que temos esse compromisso e não medimos esforços na busca de melhorias contínuas que ajudem na preservação ambiental. Estamos com um projeto especial para este ano que nos permitirá ter resultados positivos ainda maiores”, salienta o diretor de Operações da Fumacense Alimentos, Jean Marquardt.