Morando há cerca de dois anos na cidade de Jacksonville, no estado da Flórida, nos Estados Unidos, a fumacense Elianne Cardozo e a família aguardam a passagem do Furacão Irma. Previsto para chegar neste domingo (10) na cidade que fica a duas horas de Orlando, a expectativa é saber a categoria que ele permanecerá assim que tocar o solo dos Estados Unidos.

Mesmo não estando na área de risco, a família segue todas as orientações do Governador do estado, Richard Scott. “Abastecemos nossa casa com comida, água, lanternas, comidas enlatadas, gerador, pois pode faltar energia e também deixamos o carro abastecido, conforme a orientação do Governo. Temos que ficar preparados para sair a qualquer momento e irmos para um abrigo”, explica Elianne.

Ela coloca que a cidade está muito vazia, e a maioria dos moradores preferiu ir para Atlanta. Em Jacksonville, como em boa parte da Flórida, as prateleiras dos supermercados estão praticamente vazias, assim como já é registrada falta de combustível.

Segundo furacão

Este será o segundo furacão da fumacense. “O furacão deve chegar aqui no domingo na categoria 3, mas ainda depende de como ele vai passar por Miami. O primeiro furacão que enfrentamos foi o Matthew, que apesar da categoria 3 era muito menor. Esse furacão Irma tem o tamanho do Estado da Florida, por isso a preocupação maior”, coloca.

Na casa dela as janelas já receberam “plywood”, madeiras de compensado para proteger contra o forte vento e a tempestade. “Já estamos há duas semanas em alerta nos organizando. Então deu tempo para comprar tudo e preparar a casa. O que temos guardado dá para nos manter por uma semana se faltar energia, e caso contrário por um tempo ainda maior”, afirma.

Grávida de oito meses, ela, o marido e o outro filho preferiram não enfrentar as longas filas para sair da cidade, e convidaram uns amigos para esperar a chegada do furacão. “Dá um pouco de medo. Meu marido já mora aqui há 18 anos, então já enfrentou muitos casos parecidos. Mas para nós, brasileiros, que não somos acostumados, assusta um pouco. Mas Deus está nos protegendo”, finaliza.

João Manoel Neto