Foi de perplexidade a reação dos fumacenses que residem nos Estados Unidos ao saberem da vitória do candidato do Partido Republicano, Donald Trump, a Presidência do país. O resultado final ainda não foi contabilizado, mas ele já atingiu os 270 delegados necessários para garantir a eleição.
A fumacense e, hoje cidadã norte-americana Greice Nicoleit Hernandez, é gerente financeira, mora em Woodbridge, no Estado de Nova Jersey, e foi as urnas votar em Hillary Clinton. Ela fala que tem medo das decisões do novo presidente dos Estados Unidos. “Acho o Trump um perigo. Ele é impulsivo e dá medo das decisões que ele pode tomar com todo esse poder que lhe foi dado. Penso que estamos bem vulneráveis agora, e os outros países não vão levar ele a sério”, comenta.
Voto cedo chamou atenção
Morando há cerca de um ano na cidade de Jacksonville, no estado da Flórida, Eliane Cardozo, trabalha numa empresa de construção civil como assistente, e explica que Hillary Clinton aparecia na frente nas pesquisas e nos votos computados antecipadamente. “Aqui existe a possibilida de votar antes do dia da eleição. Os candidatos, inclusive, fizeram campanha nas redes sociais pelo voto antecipado, e por isso ontem não deu tumulto”, coloca.
“Fiquei surpresa com a vitória de Trump. Ele quer deportar todos que estão ilegais aqui e também quer acabar com os programas sociais. Estou com o processo de documentação em andamento, mas ele também pode proibir. No entanto, acredito que essas medidas vão ser para quem perturba o país, para quem trabalha vai continuar normal”, admite.
Sem plano imigratório
A fumacense Débora Batista, está cidade de Everett, no Estado de Massachusetts, e explica que o medo é Donald Trump fazer de tudo para dificultar a permanência dos imigrantes no país. “Esse é o nosso medo. Não poder comprar carro, matricular os filhos na escola. Aqui também todo mundo tem conta em banco e celular. Se quiserem eles sabem exatamente onde estão os imigrantes”, explica.
A mesma preocupação com o presidente eleito dos EUA tem Gisele Coral, na cidade de Medford, também em Massachusetts. “Ele não tem um plano imigratório, então a gente não tem nenhuma esperança. Está focado em deportação em massa, e no muro impedindo a entrada pelo México. Mas isso leva tempo e custa caro”, esclarece.