CATARINA BORTOLATTO / ASSESSORIA DE IMPRENSA
Dia do Consumo Consciente, comemorado neste domingo, volta olhar das pessoas para não desperdício de alimentos durante preparo das receitas.
Para muitos, cozinhar é uma forma de demonstrar amor e todo carinho por alguém. No entanto – principalmente nos últimos anos – o ato também se tornou um gesto de cuidado com o planeta. Nesse cenário, o termo “cozinha sustentável” vem se destacando ao redor de todo o globo, principalmente neste domingo, em que comemora-se o Dia do Consumo Consciente. Aqueles que adotam esse método de preparar as refeições conseguem transmitir sabor e afeto, sem deixar de olhar para o meio ambiente que os cerca. O arroz, inclusive, grão que integra a alimentação diária de diversas pessoas, está entre os alimentos mais fáceis de reaproveitar.
O tradicional bolinho de arroz, assim como o arroz de forno e carreteiro, são ótimos exemplos de receitas simples de se fazer e que ressignificam algo que já estava pronto. “Existem diversos preparos em que é possível aproveitar algo feito no almoço ou jantar. Com as temperaturas baixas, podemos fazer as tradicionais sopas e minestras, fontes de diversos nutrientes e ótimas para aquecer o corpo. A dica é se aventurar e testar combinações”, destaca a personal chef Luci Cesca Warmling.
A importância da sustentabilidade
Desde sua formação, há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, a Terra tem fornecido recursos para que as inúmeras espécies pudessem sobreviver e se multiplicar. Os seres humanos, desde os primórdios, utilizam os diversos frutos que provêm da natureza – sejam animais ou plantas – para alimentação.
Em um planeta com mais de 8 milhões de habitantes, segundo a Perspectiva da População Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgada em novembro do ano passado, aprender a reutilizar os alimentos e descartar o mínimo possível tornou-se mais do que essencial. “A cozinha sustentável está inserida da minha vida desde a infância, quando minha mãe cozinhava com os alimentos que nós mesmas plantávamos. Creio que precisamos resgatar esse respeito pela alimentação, pois é uma forma de sermos gratos por tudo que a terra nos dá”, evidencia Luci.
Por mais que a escala de desperdício mundial e o impacto na sociedade nunca tenha sido contabilizada, o Índice de Desperdício de Alimentos 2021 apresentado pela ONU trouxe números alarmantes. Os dados foram coletados em 2019 e apontam que 931 milhões de toneladas de comidas foram desperdiçadas no ano. Quando comparado com a produção total, chega-se à conclusão de que 17% foram para o lixo.
A escolha dos ingredientes
Para aproveitar ao máximo cada ingrediente, um dos principais pontos é a escolha dos produtos, que devem ser de qualidade. A Kiarroz – marca tradicional da Fumacense Alimentos – toma o cuidado durante toda a cadeia produtiva para que o cereal empacotado tenha todos os nutrientes e características do natural. Assim, os consumidores têm acesso a um alimento que poderá ser utilizado a longo prazo, quando armazenado de maneira correta.
Importante acompanhamento para o arroz, no caso dos legumes, conforme conta a profissional do ramo gastronômico, as pessoas devem priorizar os legumes de cultivo familiar. “Além de escolher os alimentos de maneira correta, precisamos ficar atentos na maneira que os guardamos na geladeira, pois tudo isso impacta no próximo preparo. A carne ensopada de hoje pode ser desfiada e virar, junto com o arroz, um bolinho amanhã. No entanto, tudo isso só será possível se tomarmos todos os cuidados desde o início”, esclarece Luci.
No dia a dia, para não cair na mesmice, muitos acabam intercalando as receitas ao longo da semana. Nesses casos, caso a quantidade de arroz preparada não seja suficiente, Luci indica fazer uma nova quantidade e acrescentar a que já está pronta. “Basta lavar em água corrente aquela porção que estava na geladeira e, quando levantar fervura na panela, adicionar os grãos cozidos. Assim, temos um arroz soltinho e saboroso em poucos minutos”, afirma.
Pensando em cada detalhe
Entre os desafios encontrados ao praticar a cozinha sustentável em ambientes familiares está a conciliação dos horários das refeições, bem como o conhecer do gosto pessoal de cada um. Com essas informações em mente, o responsável por preparar a refeição consegue quantificar melhor e, também, evitar preparar algo que não seja do agrado de todos e, que consequentemente, vá para lixeira.
“Preparar algo para alguém é a concretização de um abraço. Hoje, mesmo que nem sempre possamos almoçar ou jantar junto das pessoas que amamos, o nosso primeiro passo deve ser colocar amor e carinho, dois temperos essenciais em todas as receitas. Outro ponto importante está na atenção plena, pois é a partir de um momento de cozinhar correto que conseguimos produzir novos pratos tão saborosos quanto o que já foi preparado”, pontua Luci.