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Casal fumacense mantém tradição para o Dia de Finados

Casal fumacense mantém tradição para o Dia de Finados
Gabriela Recco

Para muitos, uma visita ao cemitério é uma forma de manter viva a memória dos entes queridos que se foram. E nesta semana de Finados é uma tradição cultural os cemitérios se tornarem pontos de encontro para aqueles que desejam lembrar e homenagear os que já partiram.

O casal Loenir Guollo e Lina Frasson Guollo, esteve na tarde desta quarta-feira (30) levando flores na capela dos pais e avós dele no Cemitério Municipal de Morro da Fumaça. Eles moram na comunidade de Linha Torrens, e fizeram a limpeza do local no último sábado (26) com a ajuda dos dois filhos.

“Para mim é tradição que vem do meu avô João Guollo. Quando eu era criança vinha com ele de aranha (carroça), uns dois dias antes do Dia de Finados para limpar, arrumar e preparar a capela. Na hora de ir embora sempre apanhava chuva, porque naquele tempo chovia bastante. Hoje é mais vento que tem nessa época”, relembra com carinho do avô.

Nessa prática comum de décadas, familiares se reúnem para levar flores, acender velas, fazer orações e compartilhar histórias sobre seus falecidos. Porém, as mudanças de comportamentos e das famílias têm contribuído para que esse costume esteja diminuindo. Os jovens, principalmente, escolhem outras formas de homenagear os falecidos. E apesar dessa mudança, há quem mantém uma tradição firme como é o caso do casal fumacense.

Lina explica que é importante a presença dos filhos para manter o costume. “Nós convidamos nossos filhos para nos ajudar a limpar, pois é até uma forma de trazer eles aqui, senão eles não vêm. E, também, para que vejam como é feito para quando nós faltarmos eles possam continuar”, explica.

O casal também sempre participa da missa de finados. “A gente encontra no Dia de Finados pessoas que faz tempo que a gente não vê. Revemos amigos e vamos relembrando histórias”, conta.

E sobre as ausências dos entes que partiram ela comenta que fica a saudade. “A gente nunca esquece, só se acostuma a viver sem”. “Principalmente para quem morou junto como eu vivi com meus pais. Passava pelo quarto estavam descansando, e, hoje, não estão mais. Fica só a lembrança”, finaliza o esposo.

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