Desde que casos de suicídio relacionados ao Desafio da Baleia Azul começaram a aparecer o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), juntamente com a Secretaria do Sistema Educacional de Morro da Fumaça, iniciou uma série de palestras nas escolas do município orientando e alertando sobre as consequências do jogo que se disseminou rapidamente.
Mesmo não registrando nenhum caso envolvendo o jogo na cidade, o Nasf considera importante tratar o assunto que é de conhecimento dos adolescentes e preveni-los. Segundo a enfermeira Carla Niero, que vem realizando as conversas com os alunos, o tema está sendo inserido de leve de acordo com a idade de cada turma. “O objetivo é não deixar que nossos adolescentes sejam levados e manipulados por uma moda”, diz ela.
O problema da automutilação no Brasil
A automutilação atinge 20% dos jovens no Brasil e já afeta mais do que as drogas e o bullying nas escolas. Esta questão também vem sendo abordada nas unidades de ensino já que um dos desafios do jogo é a agressão direta ao próprio corpo.
“Tentamos explicar para as crianças e adolescentes que não tenham medo de sair de um grupo. Cada um pode agir e deve agir de acordo com a consciência e educação. Se alguém se sente bem ao se cortar ou provocar dor em si mesmo pode conversar com um psicólogo. “Temos um profissional à disposição para ajudar”, explica.
O Ministério Público emitiu recentemente recomendação à Secretaria de Estado de Educação (SEE) para que as instituições de ensino orientem pais e alunos, de forma a evitar que criminosos se aproveitem da vulnerabilidade, especialmente de crianças e adolescentes.
Recomendações do Ministério Público
» Fique atento a eventuais mudanças de comportamento do jovem;
» Demonstre interesse pela rotina dele;
» Adolescentes com a autoestima em baixa são mais vulneráveis;
» Dialogue e atraia a confiança de seu filho;
» Evite que ele fique muito tempo na internet;
» Deixe o computador em um local comum e visível da casa;
» Evite expor na internet informações particulares e dados pessoais.