Kênia Pacheco / Cermoful

A bandeira tarifária de energia elétrica será verde no mês de agosto. Isso significa que as contas de energia elétrica dos consumidores não terão custo extra no próximo mês. A decisão foi anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela cobrança adicional.

Conforme informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as condições favoráveis para geração de energia elétrica no país permitem a adoção da bandeira sem cobrança adicional. Neste mês, a Aneel havia estabelecido a bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos, devido à previsão de chuva abaixo da média e à expectativa de aumento do consumo de energia.

A analista comercial, Elisete Fritzen, recorda que o sistema de bandeiras foi implementado em 2015 para equilibrar as variações no custo de produção e na demanda no país. Segundo ela, entender como funciona esse modelo é fundamental para um consumo consciente, sustentável e que caiba no bolso. Antes da implementação do sistema, as tarifas eram reajustadas anualmente, sem uma sinalização clara dos custos variáveis da geração de energia.

A analista explica ainda que existem quatro tipos de bandeiras tarifárias, cada uma representando uma condição diferente no custo de geração. Com a bandeira verde, as condições são favoráveis e não há acréscimo na tarifa. A bandeira amarela representa condições menos favoráveis, com um pequeno acréscimo. Há duas bandeiras vermelhas: no patamar 1, as condições mais custosas requerem um acréscimo moderado, enquanto o patamar 2 indica condições muito custosas e um acréscimo mais significativo.

“O acionamento das bandeiras é definido todos os meses e depende de vários fatores, entre eles o risco hidrológico. O valor das bandeiras é definido anualmente pela Aneel e a cor da bandeira tarifária é aplicada igualmente para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), que abrange as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte do Norte do Brasil”, afirma.