Levantamento feito para o inventário que a atual administração de Morro da Fumaça vai apresentar no fim do ano aponta que o governo do prefeito Agnaldo (Nado) Maccari (PSD) foi o que menos gastou com pessoal. O estudo inicia na segunda gestão do ex-prefeito Claudionor de Vasconcelos (PMDB). Entre 2001 e 2004, o percentual de aumento no ganho dos servidores foi de 79,3%, enquanto a inflação no período foi de somente 37,01%, representando um ganho real de 42,29%.
O prefeito seguinte, Valdemar Saccon (PMDB), de 2005 a 2008, concedeu aumento de 71,1%, diante de uma inflação no período de 19,18%, o que representa um ganho real de 51,92%. Já de 2009 a 2012, na administração de Baltazar Pellegrin (PP), aconteceu a maior desproporcionalidade. Os funcionários públicos receberam aumento de 88,7% em quatro anos, mas a inflação oficial foi de apenas 22,54%, totalizando 66,16% de ganho real.
Na gestão do atual prefeito, de 2013 a 2016, o reajuste aos servidores foi de 42,2%, diante de uma inflação de 30,72%, ou seja, apenas 11,48% de ganho real. Com esse crescimento, a folha de pagamento no último ano de mandato que na época de Claudionor de Vasconcelos era de R$ 5,2 milhões, vai fechar 2016 ultrapassando R$ 23,9 milhões. “O eventual descumprimento dos limites legais com gastos de pessoal é reflexo da atitude de gestores anteriores. Nós adotamos iniciativas para controlar as despesas, como reajustes seguindo a inflação, redução de secretarias e maior rigor na concessão de benefícios e contratação de novos servidores”, explica Nado.
“Esse índice não é ainda melhor em decorrência do cumprimento do piso nacional dos professores, correção do achatamento na tabela de salário dos professores e concessão de direitos estatutários como progressões por tempo de serviço, aperfeiçoamento, nova habilitação entre outros”, finaliza o atual prefeito. Os dados serão entregues ao futuro prefeito Agenor (Noi) Coral (PP) durante a transição e na posse.