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Agronegócio fumacense em destaque: Da Fazenda Laticínio Cizeski conquista selo Arte

Agronegócio fumacense em destaque: Da Fazenda Laticínio Cizeski conquista selo Arte
Daiana Carvalho / PMMF

Certificação possibilita comercialização de produtos alimentícios elaborados de forma artesanal em todo o território nacional.

Para quem é fumacense, os saborosos produtos Da Fazenda Laticínio Cizeski já são conhecidos e apreciados há pelo menos três anos, entretanto a partir deste mês, a mesma experiência poderá ser vivida em qualquer município brasileiro. A boa notícia se deve ao fato da agroindústria ter conquistado o selo Arte, uma certificação que permite a comercialização de produtos alimentícios elaborados de forma artesanal em todo o território nacional.

A conquista foi oficializada em ato comemorativo realizado nesta sexta-feira, dia 24, nas dependências do agronegócio. “É uma satisfação muito grande receber o certificado, ele mostra ao consumidor, que o nosso produto é produzido de uma maneira artesanal, com qualidade, que tem uma receita própria, e que representa a história de luta e trabalho de toda a equipe do Laticínio. Isso vai abrir muitas portas, porque vai mostrar para o Brasil que aqui no Sul de Santa Catarina tem muito produto bom e de qualidade sendo produzido”, comemora a produtora Da Fazenda Laticínio Cizeski, Greice Studzinski Cizeski.

Com a presença de diversas autoridades, durante o ato foram entregues nove certificados de selos para queijos, doce de leite e ricota. “Essa conquista é resultado de muitos anos de trabalho, estudo e esforço desta família. Para que os selos Arte se tornassem realidade uma série de requisitos precisaram ser atendidos, como por exemplo, processo de produção controlada, ambiente específico para a atividade, bem-estar animal, equipe capacitada, dentre outros, como a certificação de área livre de brucelose e tuberculose”, explica a coordenadora do Departamento de Agricultura fumacense, Patrícia Coral.

Por meio do setor, o município atua em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), fiscalizando e orientando para que os empreendimentos agrícolas possam se desenvolver respeitando a legislação vigente. “Essa é uma das pequenas contribuições que a municipalidade viabiliza. Por intermédio da Prefeitura também facilitamos a utilização de horas máquina e o suporte técnico para que possam crescer em conformidade e contribuir com o desenvolvimento de nossa cidade”, destaca o vice-prefeito, Eduardo Sartor Guollo.

Do sonho do pai, um projeto familiar

Localizada na comunidade de Linha Torrens, a fazenda serviu como fonte de renda através da comercialização do leite in natura até 2021. “A nossa história com o Laticínio começou há 19 anos, com o pai e a mãe. Devido a um temporal a gente passou por um processo de perda de lavoura, perdemos tudo. Ficamos numa fase bem ruim financeiramente e o pai viu nas vacas de leite uma forma de conseguirmos dar volta por cima. Com um financiamento comprou algumas vacas e ali foi onde tudo se iniciou. O sonho dele era que a gente fechasse um ciclo produtivo dentro da propriedade”, relembra Greice.

A decisão de apostar no laticínio foi firmada em plena pandemia quando a família resolveu apostar em um sonho antigo: produzir queijos artesanais e outros derivados de leite. “Eu era enfermeira e estava na linha de frente da Covid-19, trouxe meu filho para o sítio e continuei trabalhando em Florianópolis. Sabendo desse sonho do pai, meu marido incentivou para que abraçássemos a ideia, porém eu nunca tinha feito queijo na vida. Pegamos uma panela e começamos, os primeiros não ficaram bons, mas logo acertamos a mão e resolvemos encarar o desafio”, rememora Greice.

Ao lado dos pais Jair e Dalva Cizeski, emocionados com a realização familiar, Greice detalha como o menu de produtos foi consolidado. “Estruturamos o projeto e dentro de um ano a nossa empresa estava montada, fui para Minas Gerais, fiz cursos de queijos, doce de leite e depois trouxe para nossa realidade aqui em Morro da Fumaça”.

A dedicação logo rendeu bons frutos. Hoje, dos 12 produtos Da Fazenda Laticínio Cizeski, três são premiados e receberam medalha nos concursos nacional e estadual de queijos. “A conquista deste selo é mais um importante reconhecimento para uma família que é sinônimo de luta e persistência, é geração de renda e emprego para Morro da Fumaça, que agora terá o seu nome sendo levado para todos os cantos do país”, destacou o prefeito, Agenor Coral.

Com 75 vacas, a Fazenda Cizeski além do trabalho manual aposta na tecnologia como aliada para o crescimento do negócio, é a única da região Sul catarinense com sistema totalmente automatizado para a ordenha do leite. Atualmente produz, em média, 2 mil litros de leite, totalizando cerca de 1.300 quilos de queijos e 300 doces de leite ao mês.

Confira a lista completa de produtos:

Colonial tradicional (medalha de bronze no concurso nacional e medalha de prata no concurso estadual);

Colonial temperado com orégano (medalha de bronze no concurso estadual);

Colonial temperado com chimichurri;

Colonial temperado com tomate seco e manjericão (medalha de prata no concurso estadual);

Ricota;

Doce de leite;

Colonial zero lactose;

Colonial zero lactose tomate seco com manjericão;

Colonial zero lactose temperado orégano;

Colonial zero lactose temperado chimichurri;

Queijo Minas frescal;

Colonial fatiado.

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