Cerca de 120 milhões de norte-americanos vão às urnas nesta terça-feira (8), para decidir quem será o 45º presidente dos Estados Unidos. Somente dois candidatos – Donald Trump, do Partido Republicano, e Hillary Clinton, do Partido Democrata – têm reais chances de ganhar o pleito e assumir o posto em 20 de janeiro de 2017.
A fumacense Débora Batista, de 21 anos, que está há dois meses morando na cidade de Everett, no Estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, com o marido e a filha, tem acompanhado de longe a eleição presidencial. Mesmo assim, ela torce pela vitória da candidata Hillary Clinton. “Ela não é contra os imigrantes, e o Trump quer mandar todos embora. A campanha aqui é bem diferente do Brasil. Pelas pesquisas a Hillary está na frente e acredito que vai ganhar”, comenta.
Morando há 11 anos nos Estados Unidos, a fumacense Gisele Coral, de 36 anos, acompanha ao lado do marido e dos dois filhos a eleição diretamente da cidade de Medford, também no Estado de Massachusetts, e a cinco quilômetros da capital Boston. Segundo ela a disputa está grande por votos nestes últimos dias. “Esses e-mails que o FBI investiga da Hillary atrapalharam um pouco a campanha dela. Mas ela tem mais experiência e para nós imigrantes será a melhor presidente. Por isso torço pela vitória dela”, explica Gisele.
Eleição diferente
Assim como no Brasil, a duração do mandato para presidente noa Estados Unidos é de quatro anos, com direito a uma disputa para a reeleição. Também é similar a rotina de votação: no dia das eleições, os eleitores vão às urnas e votam no candidato de sua escolha, de modo secreto. No entanto, o voto não é creditado diretamente ao candidato.
Isso ocorre porque, nos Estados Unidos, a eleição é indireta, ou seja, os candidatos não são eleitos diretamente pelo povo, como no Brasil, e sim por um colégio eleitoral. Os votos dos eleitores de cada estado (ainda que dados para candidatos específicos) servem para eleger delegados no Colégio Eleitoral. São estes os responsáveis pela escolha final do futuro presidente.
Os 50 estados norte-americanos e mais a capital Washington têm um número definido de delegados no colégio eleitoral, que é proporcional ao tamanho de cada unidade territorial. A Califórnia, por exemplo, o estado mais populoso do país com mais de 37 milhões de habitantes, tem 55 votos no colégio eleitoral. O estado de Wyoming, pouco povoado, e a capital Washington, têm três delegados cada. Como há 538 delegados, para que um candidato ganhe as eleições presidenciais é preciso alcançar metade do total mais um. Ou seja, precisa ter 270 votos.