Com o diagnóstico dos 100 dias de Governo e um levantamento da real situação da saúde do município, a secretária do Sistema de Saúde de Morro da Fumaça, Sônia Rocha, apresentou nesta terça-feira (25), na Câmara de Vereadores, esclarecimentos sobre o que vem acontecendo na área, citou as diversas dificuldades que a administração está enfrentando e o plano de ação para reverter o quadro atual.
Um dos maiores desafios a serem superados é a falta de medicamentos que deveriam ser enviados pelo estado e que estão em falta. “Um congresso para debater a falta de remédios que são de responsabilidade do estado foi realizado recentemente e o município está buscando suprir esta tarefa arcando com despesas de várias medicações de processos judiciais”, comenta.
R$ 1,3 milhão desperdiçados
A gestão iniciou as atividades com o almoxarifado interditado pela Vigilância Sanitária estadual por más condições causando um prejuízo de R$ 1,3 milhão aos cofres públicos. Sônia explica que os medicamentos que se perderam no almoxarifado não existem nem em consórcio. Do Diclofenato de Potássio, por exemplo, foram perdidas 11.540 unidades e hoje os postos de saúde precisariam de apenas 3.000 unidades. De Omeoprazol, 39.628 unidades serão descartadas, assim como a Furosema onde 44.500 unidades não poderão ser utilizadas.
Materiais comprados através do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região da AMREC (CISAMREC ), não foram entregues pelos fornecedores e estes estão sendo notificados.
A contratação de novos médicos com salários reajustados, a falta de especialistas para a grande demanda, carros sucateados sem condições de transportar pacientes, pessoas esperando há anos nas filas por exames e cirurgias, alteração de emendas parlamentares, a corrupção no Sistema único de Saúde (SUS), tudo isto, segundo com a secretária, se tornou entrave para a realização de um trabalho mais eficiente.
Ações em andamento
O projeto Limpa Fila para acabar com a espera por consultas, exames e cirurgias, a descentralização de alguns atendimentos, hoje direcionados aos bairros, a regularização do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que se encontra em local inapropriado, bem como das Unidades de Saúde de acordo com as especificações do corpo de bombeiros, e a aquisição de nova frota com recursos de leilão foram citados durante a sessão.
A secretária ouviu a colocação de vereadores sobre a situação e pediu o apoio deles e da população para seguir fazendo um trabalho com transparência pela cidade. “Reconheço as dificuldades, a preocupação do prefeito Noi Coral, e estamos empenhados em resolvê-las. Me coloquei à disposição para esclarecer ao povo a situação em que encontramos a saúde de Morro da Fumaça. O tempo é curto, apenas quatro meses, mas a saúde não pode esperar. Quero em outra oportunidade voltar a esta casa com o dever cumprido”, finalizou.