Hoje, dia 1º de novembro é lembrado como o Dia Mundial Vegano. O Veganismo é uma forma de viver que busca excluir, na medida do possível e do praticável, todas as formas de exploração e de crueldade contra animais, seja para a alimentação, para o vestuário ou para qualquer outra finalidade. Esse estilo de vida vem ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro e fortalecendo a cultura do Veganismo.
Defensoras dos animais, as irmãs fumacenses, Mariane e Mariele Bertan, aderiram a essa ideologia há dois anos e recentemente criaram uma empresa vegana, a Limão Cravo Cosméticos. “Somos apaixonadas por animais e a ideia de colocarmos uma empresa vegana tinha a intenção de alcançar mais pessoas com o mesmo propósito, o de não causar sofrimento e dor. De tocar o coração de mais pessoas mostrando a realidade por trás dos testes de cosméticos”, destaca Mariane.
As irmãs revendem produtos de marcas de cosméticos veganos, naturais e orgânicos. “Todas as marcas que trabalhamos são brasileiras, como a Biozenthi nosso parceiro de Criciúma. Os cosméticos passam por auditoria para ganhar os selos, são empresas com muita responsabilidade no que fazem”, ressalta a empresária. As vendas são feitas através do site limaocravocosmeticos.com.br e a entrega é realizada através do correio.
A empresa está fazendo um ano agora em novembro e de acordo com Mariane, a maioria das vendas são para fora do Estado. “Aqui na nossa região não temos muita procura, mas é um mercado que está crescendo bastante. Vendemos bastante para fora da cidade e do estado. Nossa perspectiva é que o mercado cresça nos próximos anos”.
Os negócios vão bem e com perspectivas de crescimento, no entanto, a maior mudança aconteceu na vida das irmãs que se dizem realizadas com o novo estilo de vida. “O veganismo é um estilo de vida. Não é somente parar de ingerir produtos de origem animal, mais para com a exploração animal. Não consumir nada que tenha como origem a exploração animal. Por exemplo, não usar couro, não usar cosméticos que contenha algum produto de origem animal, não comer mel ou usar algum produto que contém mel. Diferente do vegetarianismo que só para de comer carne. Parei de comer carne e qualquer coisa proveniente de animal, até com o consumismo excessivo”.
O fato de comerem nada proveniente de animais, a ideia que se tem era de que a dieta seria a base de soja, mas Mariane destaca que não é bem assim. “Ao contrário do que muitos pensam a base da dieta vegetariana/vegana não é somente soja. Todos os grãos são bem-vindos. Muita verdura, legumes, frutas e sementes. Da até para fazer bolo e pão vegano. Pizza e massas também entram no cardápio. A dieta não utiliza produtos provenientes de exploração animal como leite, ovos, manteiga e qualquer tipo de carne, nem mesmo o peixe”.
Essa mudança afetou também a família e amigos, mas de acordo com Mariane, todos respeitam a decisão. “A família, namorados e amigos respeitam a decisão, até se interessam pelo assunto. E falam que vão pensar na redução do consumo desses alimentos que provem de exploração animal”.
Para finalizar, Mariane deixa um recado para que possamos refletir. “Animais sentem medo, frio e fome. São amáveis, tem inteligência. E principalmente eles sofrem. Pensando nisso deixamos o ego de lado e repensamos nossa alimentação”.
Gabriela Recco e Angela Barbara Pereira